A regulação do acesso na visão da equipe de saúde da família

Daniela Cacilda Caldas, Janise Braga Barros Ferreira, Luciane Loures dos Santos

Resumo


Introdução: A equipe da saúde da família atua na principal porta de entrada eletiva do sistema de saúde, participando de forma estratégica da regulação assistencial, ação que influencia diretamente na continuidade e na resolubilidade da assistência. Assim, faz-se necessário o conhecimento acerca da proposta regulatória do sistema e do papel de cada profissional na complexa estrutura da rede de atenção.

Objetivos: Identificar aspectos da visão das equipes da saúde da família acerca do processo de regulação do acesso à saúde.

Identificar os instrumentos de regulação de acesso quanto ao seu conteúdo informacional e emprego pelas equipes da saúde da família.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa empregando-se fontes primárias e secundárias de dados. O estudo foi realizado em um município de pequeno porte do interior paulista. No cumprimento do primeiro objetivo, foi aplicado um questionário às equipes de saúde da família, no período de maio a junho de 2012, com perguntas sobre o processo de regulação do acesso, totalizando 38 sujeitos. Para o cumprimento do segundo objetivo, foi analisado o conteúdo informacional do documento Guia de Referência de um mês típico de atendimento (agosto de 2011). Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva.

Resultados: Constatou-se incertezas em relação à proposta de regulação do acesso do SUS, e naquela do sistema de saúde local. Os sujeitos relataram incerteza quanto ao papel da equipe de saúde da família neste processo. Cinquenta por cento dos sujeitos conheciam todos os serviços especializados de referência. Mais de 80% dos sujeitos conheciam a guia de referência e em torno de 30% o seu fluxo operacional na rede de atenção. Observou-se que não é apenas o médico que preenche a guia de referência e que muitos profissionais têm acesso a essas informações. A maioria afirmou conhecer o mecanismo de contrarreferência. A completude informacional atingiu o percentual de 75% em 6 das 8 variáveis analisadas.

Conclusão ou Hipóteses: A equipe da saúde da família necessita adquirir novas habilidades no desempenho de suas funções. O desenvolvimento de competência informacional para o desempenho das ações regulatórias, por meio da educação permanente, apresenta-se como uma potente estratégia a ser implantada nos componentes assistenciais e gerenciais, do sistema de saúde, com ênfase para a atenção básica.





Palavras-chave


Saúde da Família; Regulação do Acesso; Informação em Saúde.

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