Uma metodologia participativa em educação permanente no cotidiano da ESF

Adriana Vieira, Tarcilla Dhein Sanches, Thaís Regina Gomes de Araújo, Mônica Mitsue Chinen, Mariane Ceron

Resumo


Introdução: A atual complexidade do processo de trabalho da ESF requer desenvolver nos profissionais de saúde autonomia e responsabilização a partir do diagnóstico e busca de soluções compartilhadas possibilitados a partir de estratégias que identifiquem as necessidades de conhecimentos e competências necessários à qualificação da assistência.

Objetivos: Possibilitar espaços de educação permanente que permitam a reflexão sobre o processo de trabalho identificando, de forma compartilhada, as necessidades de intervenção no contexto real das práticas em saúde.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Considerando a necessidade permanente de atualização dos trabalhadores e a diversidade do território sob a responsabilidade das equipes de ESF foi desenvolvido um instrumento constando, de maneira descritiva, itens do processo de trabalho comuns aos profissionais, o qual foi individualmente preenchido, identificando o nível de dificuldade/facilidade no desenvolvimento dos processos. Os dados coletados foram tabulados e retomados por uma comissão de educação permanente criada em cada unidade, os quais foram problematizados, utilizando o Método do Arco de Maguerez, exercitando uma leitura crítica de ação-reflexão-ação, identificando pontos prioritários a serem desenvolvidos.

Resultados: Instrumento aplicado em 31 equipes de ESF do Município de São Paulo; realização do levantamento das necessidades problematizadas em uma oficina através da metodologia da Árvore de Problemas junto à comissão de educação permanente; identificação de potenciais facilitadores nas unidades através do levantamento do perfil acadêmico dos profissionais; identificação das prioridades de educação permanente; construção dos projetos de educação permanente; pactuação da construção de cronogramas das ações, recursos necessários e avaliação do processo.

Conclusão ou Hipóteses: Apropriação dos espaços de discussão propostos pela educação permanente; inclusão sistemática destes espaços na rotina de trabalho como prevê a Portaria de Atenção Básica 2488 de 2011; aprimoramento dos conhecimentos; visibilidade de ações exitosas desenvolvidas pelas equipes; melhor qualidade da assistência; maior autonomia das equipes para desenvolver os projetos.


Palavras-chave


Educação Permanente; Metodologia Participativa; Estratégia Saúde da Família

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