Pesquisa de clima organizacional em uma unidade da Estratégia Saúde da Família

Sidney Bartalo Matos, Abel Silva de Meneses, Fábio André Santos Pampolha

Resumo


Introdução: A implantação da Estratégia Saúde da Família (ESF) no Município de São Paulo trouxe mudanças significativas no perfil de saúde da população, e para ofertar serviços de qualidade, é necessário que os profissionais que trabalham na ESF se percebam como seres valorizados dentro do cenário institucional, de modo a deflagrar sentimentos de motivação para a realização de um serviço de qualidade.

Objetivos: Identificar o perfil dos profissionais da Estratégia Saúde da Família e sua percepção sobre o clima organizacional de uma unidade da ESF de uma instituição parceira do Município de São Paulo.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo quantitativo realizado entre setembro e outubro de 2012, com 69 profissionais de uma unidade da ESF. Para tanto foi elaborado um formulário contendo quesitos sobre os seguintes eixos de avaliação: Condições físicas do ambiente de trabalho, Relacionamento interpessoal, Liderança, Comunicação, Salário, Imagem da instituição e Valorização dos funcionários. O formulário foi distribuído aos 69 profissionais, dos quais, 51 (74%) o retornaram preenchido. Os dados foram lançados em uma planilha de Excel, e em seguida foi realizada uma avaliação das frequências relativas e absolutas de cada categoria de análise.

Resultados: O estudo revelou que, 90% dos profissionais são do sexo feminino, e 53% tem entre 30 e 45 anos, com permanência de mais de 4 anos na instituição (58%). Em relação à qualificação profissional, muitos profissionais têm buscado se desenvolver, de modo que 14% já cursaram a pós-graduação e 10% estão cursando o ensino superior, já que é característica da instituição a retenção de talentos. Quanto à percepção sobre o clima organizacional, 80% consideraram estar satisfeitos com o trabalho, enfatizando como positivos as boas condições físicas do ambiente de trabalho (86%), o bom relacionamento interpessoal (83%), a boa comunicação (91%), a boa imagem da instituição (95%) e por fim, o salário (45%).

Conclusão ou Hipóteses: Os profissionais da unidade de ESF apresentam um perfil de população feminina, característica da área da saúde, buscando se desenvolver dentro da instituição e nela permanecer. Consideram trabalhar em um cenário com bom clima organizacional e, embora pouco mais da metade tenha declarado o salário como fator de insatisfação no trabalho, ele não prevaleceu sobre as outras categorias de avaliação.

 


Palavras-chave


Clima; Valorização; Relacionamento.

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