Prevenção de quedas em idosos: abordagem micro e macro política

Fernanda Bergamini, Danilo Sergio Vinhoti

Resumo


Introdução: Nas próximas décadas o Brasil estará entre os países com o mais acentuado ritmo de envelhecimento. Cerca de 48,9% dos idosos sofre de mais de uma doença crônica. O manejo incorreto destas pode levar a morbidades e a riscos de quedas. Causa de 10% a 15% de demanda aos serviços de emergência e 50% das hospitalizações. Pode resultar em síndrome pós-queda e restrições das atividades diárias.

Objetivos: Esse trabalho teve como objetivo principal estudar instrumentos disponíveis para identificação e prevenção de quedas em idosos, utilizados pelos ACS em Ribeirão Preto. E, como objetivo específico, estudar a relação desses instrumentos com indicadores de saúde/doença relacionados à quedas.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Foi utilizada metodologia descritiva exploratória. O levantamento das ferramentas utilizadas no nível da Atenção Básica contou com auxilio da equipe mínima de um Núcleo de Saúde da Família. O enfoque dado aos instrumentos foi relacionado ao tema. Foi feito um paralelo entre essas informações e dados estatísticos relacionadas, disponíveis no banco de dados do Ministério da Saúde. O levantamento de dados foi realizado no período de outubro/2012 a janeiro/2013 e analisados de forma descritiva Foram excluídos dados e ferramentas que não contemplem o tema deste trabalho, que sejam referidas como não preconizadas pelo munícipio ou pelo MS.

Resultados: Ribeirão Preto apresenta 13% de população idosa. Índice de adesão a seguros de saúde de 44% e cobertura de ESF de 11%. Cerca de 65% das quedas ocorreram em domicilio. Não há registros de visitas domiciliares realizadas pelos ACS. Evidencia-se medicalização em níveis de maior complexidade. Os relatórios de gestão expõem dificuldade de cumprimento das metas para diminuição da taxa de internação por fratura de fêmur. Na ESF, os instrumentos preconizados pelo MS e pela Secretária de Saúde local, não contêm itens protocolados para levantamento de risco de quedas em idosos. Há registro ligado ao tema disponível apenas nas fichas de produção.

Conclusão ou Hipóteses: Fica evidente a necessidade aprimorar os instrumentos utilizados pela ESF relacionados prevenção de quedas em idosos. Também é necessário melhorar os registros relacionados a quedas, ao trabalho dos ACS e das ações da prefeitura local para possibilitar melhor planejamento em saúde.

 


Palavras-chave


Agentes Comunitários de Saúde; Envelhecimento; Prevenção de Acidentes.

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