Representação sobre acolhimento de uma unidade de saúde da família de Amparo - SP

Adriana Piotto Hespanhol, Nair Lumi Yoshino, Maria de Lurdes Zanolli

Resumo


Introdução: O acolhimento é ação essencial da Estratégia de Saúde da Família. Isso porque garante acessibilidade universal no Sistema de Saúde, reorganiza o processo de trabalho na Unidade de Saúde da Família (USF), deslocando o eixo central do médico para a equipe multiprofissional, que deve escutar e ser resolutiva quanto à demanda do usuário, qualificando esta relação e fortalecendo o vínculo.

Objetivos: O presente projeto se propõe a conhecer as representações relativas ao acolhimento entre os profissionais de saúde de uma USF do município de Amparo-SP.

Metodologia ou Descrição da Experiência: O acolhimento vive o processo sócio-cultural da medicalização, onde muitas vezes prevalece o tratamento queixa-conduta, fato que nos incentivou a pesquisar o tema. Trata-se de estudo qualitativo que entrevistou onze funcionários responsáveis pelo acolhimento da referida USF. Para obter as informações, foi utilizada entrevista estruturada e semi-estruturada individual e sigilosa, com consentimento informado e posterior análise temática dos dados.

Resultados: Os resultados são apresentados conforme categorias: “Conceito de Acolhimento”, “Acolhimento no Cotidiano da USF”, “Entraves do Acolhimento” e “Proposições”. Os entrevistados associam o acolhimento a: acesso, humanização, escuta, local para trazer sua demanda; entretanto, nos relatos do dia-a-dia fica evidente a realização de uma triagem para atendimento médico/odontológico. As dificuldades mais citadas foram: falta de profissional médico, grande demanda e procura excessiva da população, falta de resolubilidade dos enfermeiros e ausência de uma agenda otimizada. A equipe propõe capacitação, contratação de médico, abertura de Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e educação da população.

Conclusão ou Hipóteses: Conclui-se que a equipe entende o significado do acolhimento, porém a prática distancia-se da teoria e segue a lógica da queixa-conduta, centrada no médico e no odontólogo. Nota-se uma duplicidade no papel das enfermeiras e técnicas de enfermagem e a escassez de proposições para melhoria do acolhimento. A solicitação de uma UPA parece não corroborar com o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde.


Palavras-chave


Acolhimento; Atenção Primária à Saúde

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