A promoção da saúde na prevenção e controle da hipertensão arterial sistêmica

Ana Renata Lima Machado, Davi Lucena Landim, Leilane Soares Marques, Dennys Araújo Andrade, Francisco Guilherme Galdino de Araujo

Resumo


Introdução: A Análise de Situação de Saúde (ASS) é um instrumento que busca identificar e coletar dados relacionados ao estilo de vida das pessoas de uma determinada região. Assim, a ASS é bastante útil quando se pretende traçar o perfil epidemiológico de doenças crônicas, como a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), pois, com ela, pode-se relacionar certos comportamentos de risco com a incidência da HAS.

Objetivos: Analisar os principais hábitos existentes no cotidiano da amostra populacional que são considerados fatores de risco para a doença crônica Hipertensão Arterial Sistêmica, ressaltando o papel da Saúde Pública no controle dessa morbidade.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Trata-se de um estudo quantitativo, observacional, transversal e individual realizado com 325 pessoas divididas entre pacientes atendidos pelo CSF Matos Dourado, pelo núcleo de assistência médica integrada (NAMI) e por moradores da comunidade do Dendê, locais situados em Fortaleza – Ceará. Os dados para o estudo foram obtidos através de um questionário baseado no vigitel 2011. Os questionários foram aplicados por alunos do 1º semestre de do curso de Medicina da Universidade de Fortaleza, com supervisão dos professores da disciplina Ações Integradas em Saúde I, durante 27/08/12 a 14/09/12. Para, entrada e a coleta de dados, utilizou-se o programa EpiInfo versão 3.5.3 C.D.C, Atlanta, EUA.

Resultados: 18,2% da amostra afirmaram ser hipertensos, dado que fica abaixo da média nacional de 32,5%. Dentre as pessoas com mais de 65 anos, 63% delas possuem HAS, o que corrobora com o fato da idade ser um dos principais fatores de risco para essa morbidade. Das 9 pessoas que já tiveram Infarto Agudo do Miocárdio, 6 (66,6%) apresentam HAS, o que está de acordo com o fato da hipertensão duplicar o risco de infarto do miocárdio e morte súbita cardíaca. Dentre os hipertensos, 35% fumam diariamente, sendo esse um dado preocupante, pois o fumo é um dos principais fatores de risco para HAS, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. 65,5% dos hipertensos são acompanhados pelo SUS.

Conclusão ou Hipóteses: Notou-se o quanto o estilo de vida dos indivíduos influencia no surgimento e no controle da HAS, que é uma das doenças que mais atingem a população mundial e o principal fator de risco para doenças cardiovasculares. Pode-se perceber que boa parte dos fatores de risco para HAS, como o tabagismo, são evitáveis, pois a maioria deles está relacionada com hábitos pessoais, os quais podem ser alterados.


Palavras-chave


Análise em Situação de Saúde; Hipertensão Arterial Sistêmica

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