Abordagem familiar: o estudante de medicina na construção do cuidado integral

Roberta Araújo Santana Pereira Mendonça, Alexandre Medeiros de Figueiredo, Ana Elisa Vieira Fernandes Silva, Luã Guerra Moreira

Resumo


Introdução: O serviço de atenção domiciliar às famílias constitui uma das ferramentas que potencializa a atenção transversal, pois, além de uma abordagem centrada nas necessidades familiares, ele amplia o vínculo entre a rede de atenção à saúde e o indivíduo. Na UFPB, estudantes de medicina do primeiro período são inseridos neste contexto, auxiliando os profissionais da unidade na formação do cuidado integral.

Objetivos: O presente estudo consiste em um relato de experiência que visa à análise do papel do estudante de medicina na construção do cuidado integral, auxiliando na efetivação do vínculo entre a unidade de saúde com as famílias em questão; bem como da importância destas experiências na formação médica.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Relato de experiência acerca das visitas domiciliares a sete famílias realizadas, semanalmente, por um grupo de quinze estudantes do primeiro período de medicina da UFPB, no bairro do Cristo Redentor (João Pessoa-PB), entre agosto e dezembro de 2010. Durante as visitas, foram colhidos todos os dados referentes à família para a construção do seu genograma e para, assim, obter um melhor entendimento acerca das relações interpessoais e do padrão de adoecimento. Todas as vivências foram discutidas semanalmente e registradas em portfólio. Aprofundamentos e textos base foram estudados e discutidos para um melhor conhecimento sobre a abordagem familiar e as situações-problema.

Resultados: Durante as visitas realizadas ao longo do semestre, famílias com diversos graus de complexidade foram acompanhadas, e, para cada uma delas, foram realizadas ações especificas de acordo com a necessidade singular, adotando a estratégia da abordagem centrada na pessoa. Necessidades específicas, como fisioterapeutas ou enfermeiros, foram relatadas e solucionadas através da comunicação entre os estudantes e a unidade. Outros dispositivos, como a Assistência Social, foram acionados em casos de invalidez sem aposentadoria e crianças sem o benefício da bolsa escola, por exemplo. O vínculo entre a família e a unidade de saúde foi estabelecido, potencializando a atenção transversal.

Conclusão ou Hipóteses: A inserção do estudante de medicina no contexto da Atenção Primária, no serviço de atenção domiciliar às famílias, é extremamente benéfica. Pois, além de enriquecedor para a formação acadêmica e pessoal dos estudantes, há uma significativa melhora no cuidado e na atenção às necessidades da família.


Palavras-chave


Medicina de Família e Comunidade; Saúde da Família; Atenção Primária à Saúde

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