Aceitação da família à visita domiciliar realizada por acadêmicos da LAMFC

Hellen Moreira de Lima, Sandra de Azevedo Pinheiro, Fabiana Prado dos Santos Nogueira, Bruno Bismarques Silva, Carolina Aoki

Resumo


Introdução: A Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade de Uberaba (LAMFC) executa, em sua programação semanal, o projeto de “Práticas de Medicina de Família e Comunidade em parceria com o Lar da Caridade”, realizando visitas domiciliares a famílias ligadas a essa instituição. Na prática da extensão se observou o caráter relativo da aceitação da presença acadêmica nos domicílios.

Objetivos: Pretende-se relatar as experiências dos estudantes diante do possível significado da visita domiciliar para as famílias e reconhecer a problematização e potencialidades dessa prática no contexto de uma liga acadêmica.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Equipe de cinco acadêmicos de medicina realizaram visitas domiciliares quinzenais em cada família no período de setembro a dezembro de 2012 com a confecção de diários de campo para registro de experiências. Discutiram-se essas visitas coletivamente entre os grupos e a docente orientadora a cada 21 dias durante todo o intervalo de realização das visitas. A adesão das famílias deu-se de forma voluntária após uma reunião em que se expôs o projeto. Tendo em vista que a visita domiciliar é um meio de aproximação das famílias com os acadêmicos e que favorece ações de saúde humanizadas construindo um vínculo entre os agentes, esperava-se aderência das famílias em sua totalidade.

Resultados: Das 12 famílias que se dispuseram a participar, três manifestaram o desejo de não prosseguir com o projeto. A análise das particularidades de cada uma delas e o contato com teorias de famílias nas discussões coletivas culminaram com a elaboração de hipóteses para esses comportamentos. Supõe-se que a aspiração por conselhos de saúde, por discussão de situações de conflito, por estabelecimento de diálogos e por contato solidário proporcionados pelas visitas foram determinantes para sua aceitação. Já as recusas foram motivadas pela dificuldade de adaptação da dinâmica familiar às visitas, como observado em um casal em que um dos cônjuges tinha ciúmes do outro com os alunos.

Conclusão ou Hipóteses: A visita domiciliar como possibilidade de inserção e conhecimento da realidade da população é indispensável para a formação do acadêmico enquanto membro de uma liga acadêmica em MFC. Assim, a fim de superar as dificuldades evidenciadas e aumentar a aceitação, é importante incentivar o aprimoramento pessoal e técnico para torna-las úteis e efetivas e perturbar minimamente a organização da família.


Palavras-chave


Visita Domiciliar; Extensão; LAMFC

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