Avaliação do calendário de vacinação dos adolescentes de uma escola municipal

Emanuelle Oliveira Lemos, Dyndara Rodrigues Pedrosa, Perla Suely Gaia Raniéri, Carla Avelar Pires, Raíssa Correia Rafael

Resumo


Introdução: Na atual política de saúde, a atividade de vacinação é realizada preferencialmente pela Estratégia Saúde da Família (ESF). Em relação à saúde do adolescente, a ESF deve incorporar a proposta de saúde integral, buscando fazer: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, orientação nutricional, imunizações, atividades educativas, identificação e tratamento de agravos e doenças prevalentes.

Objetivos: Identificar a prevalência da cobertura vacinal em um grupo de 67 adolescentes de uma escola de ensino fundamental, localizados na área de atuação da ESF Cidade Nova VI no município de Ananindeua-Pa.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Este é um estudo do tipo epidemiológico, seccional, observacional, de natureza descritiva. Foi realizada uma triagem para verificação de peso e altura dos jovens. Foram aplicados os questionários aos adolescentes e seus responsáveis. Após análise das carteiras, foram distribuídas as novas carteiras do adolescente com a marcação das vacinas necessárias e as aprazadas. Finalmente, os jovens que apresentavam carteira de vacinação atrasada, foram submetidos à imunização por profissionais competentes que atuam na ESF seguida de orientações sobre a importância das vacinas. Os responsáveis que concordaram e assinaram o TCLE aprovado pelo Comitê de Ética da UFPA (Protocolo nº129/2011).

Resultados: A prevalência de adolescentes com carteira de vacinação foi de 64,1%, sendo que entre o total dos jovens, apenas 17,9% possuíam cobertura vacinal. A vacina que apresentou maior demanda foi a da febre amarela (88,1%), seguida da tríplice viral (79,1%), da dupla tipo adulto (dT) (73,1%) e hepatite B (47,8%). Quanto ao nível de conhecimento dos jovens, apenas 7,47% relataram ter conhecimento sobre o calendário da vacina para o adolescente, concordando com os estudos desenvolvidos em Teresina em 2010. Nesta pesquisa observou-se que 41,1% dos responsáveis justificaram o não cumprimento do calendário de vacina do adolescente por perda da carteira de vacinação. .

Conclusão ou Hipóteses: Nossos achados demonstraram a deficiência do cumprimento do calendário vacinal na adolescência, contrastando com a realidade da cobertura vacinal infantil. Para obter resultados satisfatórios devemos começar com a inclusão das escolas em projetos de promoção a saúde, como no Programa de Saúde do Escolar em parceria com ESF que visa de orientar, sensibilizar e fornecer vacinas na própria escola.




Palavras-chave


Vacina; Criança; Estratégia Saúde da Família

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