Estratégias para o trabalho de campo do PMAQ-AB em MG/SP – NESCON/UFMG

Resumo

Introdução: Estabelecer estratégias para a execução detrabalho de campo de uma pesquisa tem se mostrado fundamental para o bomandamento do trabalho e a qualidade da coleta de dados. A experiência adquiridapela equipe, durante o processo de trabalho de campo, pode orientar aorganização de outras pesquisas de campo, reduzir problemas identificados econtribui para a formação de pesquisadores.Objetivos: Descrever a estratégia adotada pelo Núcleo deEducação em Saúde Coletiva (NESCON-UFMG) para realizar a avaliação externa doPrograma Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica(PMAQ-AB) e Censo de Infraestrutura das Unidades Básicas de Saúde (UBS) emMinas Gerais e São Paulo.Metodologia ou Descrição daExperiência: A coleta de dados do PMAQ ocorreuentre maio e novembro de 2012. O instrumento da coleta de dados possui trêsmódulos: módulo I - avalia a infraestrutura das UBS; módulo II – avalia oprocesso de trabalho das equipes de Atenção Básica; e módulo III - avalia asatisfação dos usuários com o serviço ofertado. Os entrevistadores foramselecionados por meio de seleção pública, considerando sua formação eexperiência prévia na área de saúde e pesquisa. Os entrevistadores participaramde uma capacitação de 24 horas para aplicação dos questionários, incluindo omanuseio de tablet. Os entrevistadores contavam com o apoio de cincopesquisadores e cinco estagiários no NESCON.Resultados: As equipes formadas por três entrevistadoresvisitaram os municípios de acordo com roteiros definidos baseados nas divisõespor meso e micro regiões do IBGE. O período de maior intensificação do trabalhode campo se deu entre agosto e setembro de 2012. O agendamento do trabalho decampo foi realizado pela equipe de apoio por meio de contato telefônico ee-mail. Membros da coordenação do PMAQ acompanharam cada equipe nos primeirosdias de cada roteiro. No total, no estado de MG foram avaliados: 2945 UBS(módulo I), 1353 ESF (módulo II), além de entrevistar 5478 usuários (móduloIII). Em SP, a avaliação externa resultou em: 2892 UBS, 1136 ESF, eentrevistados 4540 usuários (módulo III).Conclusão ou Hipóteses: Apesar da magnitude, abrangência e complexoarranjo institucional, a coleta de dados do PMAQ se deu em tempo hábil acordadopelos parceiros e o Ministério da Saúde. Os entrevistadores relataram adiversidade do trabalho de campo, indicando a oportunidade de aprendizado sobreo campo e sobre a organização dos serviços, acesso e qualidade da AtençãoBásica em todo o Brasil.