Avaliação da orientação para Atenção Primária das unidades básicas de saúde

Cristiane Coelho Cabral, Leila Beltrami Moreira

Resumo


Introdução: A HAS é uma doença de grande magnitude e alvo de programas do MS, principalmente no âmbito da APS. Por isso, os municípios devem ter um mínimo de estrutura organizacional dentro da sua rede de serviços públicos para esse público-alvo. Assim, as ações implementadas do Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabete Mellitus necessitam ter seu desempenho avaliado localmente.

Objetivos:Avaliar a orientação para APS em 09 UBS do IIIDS de Angra dos Reis; Analisar a possibilidade de associação positiva entre orientação para APS e efetivo controle da HAS; Refletir sobre a atenção aos portadores de HAS em um município de médio porte.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Realizou-se estudo transversal com 300 participantes divididos proporcionalmente pelas UBS do IIIDS- 06 ESF versus 03 UBS tradicional. O tamanho da amostra estimou-se considerando o cadastro do HiperDia no IIIDS do município, erro alfa de 5%, poder de 80%, taxas de PA controlada de 30 a 50% e satisfação de 60 a 80%. Coletou-se os dados em entrevista domiciliar. A pressão arterial foi aferida no início e no final da entrevista. Construiu-se o questionário a partir do PCATool e os atributos da APS – acesso de primeiro contato, longitudinalidade, acessibilidade, aceitabilidade e cuidado compartilhado – foram avaliados e comparados entre os dois modelos de UBS existentes.

Resultados: A taxa de pacientes com HAS controlada foi de 52,7%. Realizou-se análise exploratória de fatores associados à utilização da ESF e da UBS tradicional. O tempo de deslocamento foi menor para os usuários da ESF, mas não houve associação entre o tempo de deslocamento e o controle da HAS. Menor renda e idade apresentaram tendência à associação com atendimento na ESF (P=0,07 e P=0,07). O escore total dos componentes da APS avaliados neste estudo foi mais elevado no grupo de pacientes vinculados à ESF(58,7±12,9) quando comparados aos não vinculados (54,5±14,0), mas não houve diferença significativa nas taxas de controle pressórico entre os serviços utilizados para tratamento da hipertensão.

Conclusão ou Hipóteses: O escore total considerando os atributos estudados atingiu pouco mais de 50% da escala de 96 pontos. Apesar de terem sido mais elevado entre os usuários da ESF, ainda é baixo. Indicando que existe espaço considerável para ações orientadas à APS. Assim, corrigir as deficiências que ocorrem no sistema de saúde pode impactar positivamente com a morbimortalidade decorrente da HAS.




Palavras-chave


Atenção Primária; Avaliação em Saúde; Hipertensão Arterial Sistêmica

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