Gestão clínica em saúde da mulher: uma experiência na rede SUS-BH

Elisane Adriana Santos Rodrigues, Cláudia Caroline de Oliveira Fonseca, Ana Letícia Pimenta de Barros, José Eustáquio de Freitas, Josy Karly S. C. Motta

Resumo


Introdução: A estratégia gestão clínica em saúde da mulher foi implementada no Centro de Saúde Jardim Felicidade em 2012 com vistas em aprimorar a atenção à saúde da mulher no âmbito da Atenção Primária à Saúde. A proposta envolve construções coletivas entre profissionais das Equipes de Saúde da Família (ESF), gerentes locais, distritais, referências técnicas e outros representantes da rede complementar.

Objetivos: Apresentar a experiência de desenvolvimento e repercussões da estratégia gestão clínica em saúde da mulher no Centro de Saúde Jardim Felicidade situado na Regional Norte de Belo Horizonte.

Metodologia ou Descrição da Experiência: A estratégia foi discutida com o gestor e profissionais da ESF sendo escolhidos três facilitadores para participarem dos Alinhamentos Municipais. No 2°semestre de 2012, ocorreram encontros na unidade de saúde, implentando-se as ferramentas Auditoria Clínica e Registro Clínico. Neste período, foi realizada uma auditoria clínica em 60 prontuários de puérperas atendidas de janeiro a agosto de 2012 verificando-se a existência de registros de: consulta de puerpério, orientação sobre contracepção, esquema vacinal (dT) completo, avaliação de exames, identificação dos riscos e o mínimo de 6 consultas no pré-natal. Os dados foram apresentados em gráficos, subsidiando discussões coletivas na unidade.

Resultados: Em 81,7% dos prontuários havia registros de consultas de puerpério e orientação sobre contracepção; em 73,3% encontrou-se registros de esquema vacinal completo, 95% apresentavam avaliação de exames, em 100% havia identificação dos riscos gestacionais e em 66,7% registro de no mínimo 6 consultas de PN. Os dados foram comparados aos indicadores extraídos do sistema de informação, demonstrando que os registros em prontuários apresentam melhores resultados. O uso das ferramentas Auditoria Clínica e Registro Clínico promoveu o conhecimento sobre os ciclos de melhoria no planejamento, execução, revisão, ajustes e mudanças no processo de trabalho com base nos resultados obtidos.

Conclusão ou Hipóteses: Esta experiência provocou a discussão das diretrizes institucionais, a necessidade de capacitação da equipe no registro de informações no sistema, bem como, o desafio de aprimorar o acompanhamento do pré-natal garantindo no mínimo 6 consultas às gestantes, promovendo a qualidade da assistência à mulher.


Palavras-chave


Gestão Clínica; Saúde da Mulher; Atenção Primária à Saúde

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