Características dos menores de um ano em unidade de saúde em Aracaju

Laís Daniella Meira Santos, Brena Larissa Andrade Martins, Ryssia Carolina Rezende de Vasconcelos, Anna Klara Bohland

Resumo


Introdução: A ação primária de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, além do estudo das principais caracteríisticas de pacientes menores de um ano atendidos em unidades básicas de saúde constitui alicerce importante da atenção infantil e é essencial para a articulação de atividades de prevenção e intervenção na comunidade.

Objetivos: Trata-se de um estudo transversal descritivo com o objetivo de caracterizar o perfil da atenção às crianças menores de um ano, atendidas por uma equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF), em Aracaju (SE), no período de julho de 2007 a julho de 2009. Realizou-se coleta de dados nos prontuários.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Foram levantados 46 prontuários de crianças acompanhadas pela equipe. As informações relativas às características da mãe consistiram em idade no parto, realização do pré-natal pela ESF, número de consultas pré-natal, enfermidades durante a gravidez e tipo de parto. As relativas à criança foram: sexo, nome do pai, fatores de risco e dados antropométricos ao nascer, tipo de aleitamento até o sexto mês de vida, idade ao desmame, número de consultas puerperais, doenças no primeiro ano de vida, esquema vacinal e exame bucal.

Resultados: Das mães 23,3% estavam na faixa etária de 15 a 19 anos, sendo que 56,5% realizaram pré-natal na UBS, mas somente 40,0% destas com 6 ou mais consultas. Apresentaram fatores de risco ao nascer 6,5%. Em 26% dos prontuários, não haviam informações sobre os dados antropométricos. Dos 74,0% restantes, verificou-se que 10,3% destas crianças tiveram baixo peso ao nascer e em 17,2% o peso foi insuficiente. Apenas 3,4% receberam aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida e 56,6% realizaram pelo menos uma consulta na UBS, sendo que 90,0% destas corresponderam a episódios mórbidos e, apenas os 10,0% restantes de puericultura. Quanto ao esquema vacinal 65,0% estavam com o registro completo.

Conclusão ou Hipóteses: Os resultados do trabalho apontam para o fato de que o comparecimento ao serviço de saúde ocorre somente no caso de doenças, não sendo priorizadas as medidas preventivas pela população, neste sentido, a ESF deve empenhar-se para realizar um melhor acompanhamento de puericultura das crianças. Por outro lado, deve-se discutir com a ESF a importância do preenchimento correto e completo do prontuário.

 


Palavras-chave


Menores de um Ano; Unidade Básica de Saúde; Atenção Primária

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