Conhecimento das parturientes atendidas na Santa Casa sobre o planejamento familiar

Letticya Pereira Machado, Debora Pavan Agnesini, Marcus Vinicius Cunha

Resumo


Introdução: Cerca de metade das gestações no mundo não são planejadas. Assim, o planejamento familiar é um assunto de importância mundial. No Brasil, o planejamento é delegado à gestão municipal. Em 1984, foi elaborado o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, que inclui ações educativas, preventivas, diagnósticas, terapêuticas e recuperativas.

Objetivos: Avaliar a taxa de gestação não planejada e o grau de conhecimento sobre planejamento familiar entre parturientes atendidas na Maternidade do Hospital Santa Casa da Misericórdia de Ribeirão Preto.

Metodologia ou Descrição da Experiência: O estudo utilizado foi de corte transversal com o objetivo de analisar o planejamento das gestações, intervalo interpartal, duração de amamentação prévia, desejo de contracepção, informações sobre métodos contraceptivos. Foram selecionadas 150 puérperas, as quais de forma voluntária foram entrevistadas de acordo com um roteiro previamente determinado. As puérperas foram selecionadas na Maternidade da Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto.

Resultados: A faixa etária das entrevistadas foi de 25 anos. A maioria das entrevistadas estava amasiada (60%), era de cor negra (40%), católica (56%). 60% das entrevistadas relataram não haver planejado a última gestação e 41,3% relataram estar em uso de contraceptivos hormonal oral no momento da concepção e 31,3% utilizavam o método de forma inadequada. 62,7% desconheciam o serviço de planejamento familiar disponível no SUS. Sobre os métodos contraceptivos, 79% não sabiam que método contraceptivo iriam e/ou poderiam utilizar no puerpério, tampouco sabiam da importância do espaçamento de dois anos entre as gestações, com objetivo de reduzir a morbimortalidade materna e neonatal/infantil.

Conclusão ou Hipóteses: Conforme os resultados obtidos, conclui se que 62,7% das puérperas desconhecem o serviço de planejamento familiar oferecido pelo Sistema Único de Saúde e 60% das gestantes têm uma gravidez não planejada. Dessa forma, fica visível a importância da divulgação do Planejamento Familiar nas Unidades Básicas de Saúde do Município de Ribeirão Preto.

 


Palavras-chave


Conhecimento; Gestação não Planejada; Planejamento Familiar

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