Puericultura com o Médico de Família: uma visão do desenvolvimento e crescimento

Mateus de Carvalho, Denise Sayuri Maruo Meira, Thatiane Moura Campos-Zanelli

Resumo


Introdução: A Atenção Primária atinge a maior parcela da população ao menor custo. Na ótica de saúde como qualidade de vida se adapta o Médico de Família através de ações de promoção, prevenção, assistência e recuperação de saúde. Ações preventivas nos primeiros anos de vida se mostraram úteis a garantir boa saúde e equipe de referência pode contribuir com a prestação de tais cuidados (Woods e Wilson, 2012).

Objetivos: Este estudo tem por objetivo descrever a amostra de lactentes atendidos pelo residente da saúde da família, com ênfase no crescimento e desenvolvimento motor no 1 e 3 meses de vida

Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo prospectivo de coorte transversal no 1º e 3º meses de vida, de lactentes acompanhados durante os primeiros dois anos de vida, aprovado pelo CEP da FCM/Unicamp e HMMG. Incluídos RN termo ou pré-termo tardio de baixo risco; acompanhados no CS Orosimbo Maia. Excluídos: síndromes genéticas, malformações ou infecção congênita. Considerados peso, estatura e perímetro craniano ao nascimento, com 1 e 3 meses, considerando a idade corrigida para os pré-termos.Para a avaliação do desenvolvimento neuromotor utilizou-se a escala de triagem Alberta Infant Motor Scale. Para análise dos dados utilizou-se o programa SPSS 16.0, a caracterização da amostra utilizou-se a estatística descritiva.

Resultados: Participaram do estudo 36 lactentes, sendo 3 classificadas como pré-termo limítrofes, 33 a termo, destes 88,9% AIG, nascidos de parto normal (55,6%). Dentre os fatores ambientais amostra caracterizada por 66,7% mães não trabalham fora, 75% moram com companheiro, 63,9% estudaram por mais de 9 anos e 80,5% estavam em aleitamento materno exclusivo. Todos os lactentes apresentaram crescimento (peso/idade; estatura/idade e PC/idade) normal para o sexo e idade, segundo da Curva de Crescimento da OMS (2007) na avaliação de 1 e 3 meses. Na avaliação do desempenho motor, apenas 1 criança apresentou desempenho atípico no 1ª mês, no 3ª mês todas com desenvolvimento típico para idade.

Conclusão ou Hipóteses: Conclui-se, portanto, que o Médico de Família com sua prática envolvendo a coordenação de uma equipe interdisciplinar, somado ao conhecimento da família e de seu ciclo vital conseguiu propiciar um projeto terapêutico mais adequado. Através de ações de promo-ção de saúde e prevenção de doenças, pode vir a garantir o bom desenvolvimento em uma fase precoce da vida que repercutirá em seu futuro.


Palavras-chave


Cuidado da Criança; Medicina de Família e Comunidade; Desenvolvimento Infantil

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