Saúde reprodutiva na adolescência: comunicação, funcionalidade da família e comportamento preventivo

Hugo Samartine Junior, Miriam Monteiro de Castro Graciano, Vitória Castro Marcos, Vanessa Carvalho do Lago, Monique Fabien Greidanus

Resumo


Introdução: Planejar a natalidade é uma importante medida sanitária, pois contribui para a qualidade de vida e melhoria no índices de morbi-mortalidade. Por outro lado, as mulheres estão começando sua vida sexual cada vez mais cedo. Em Alfenas, a taxa de natalidade entre menores de 20 anos é de 15%.

Objetivos: Dimensionar oferta e efetividade do planejamento familiar no município de Alfenas; Correlacionar variáveis sociais ao comportamento sexual, acesso à informação e assistência à saúde reprodutiva; Correlacionar funcionalidade da família ao comportamento sexual.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo transversal, do tipo survey, com amostra aleatória de adolescentes, do sexo feminino, matriculadas na rede de ensino público de Alfenas, com faixa etária de 10 a 19 anos. Utilizou-se questionário estruturado criado de modo a permitir a avaliação da promoção da saúde sexual e reprodutiva destas jovens. A análise dos dados foi realizado de forma univariada e bivariadas. Para teste estatístico utilizou-se intervalo de confiança e teste de Exato de Fischer. As análises foram realizadas no Epi Info versão 3.5. Após aprovação do Comitê de ética, obteve-se consentimento informado dos pais das adolescentes, assegurando-se preservação da identidade dos sujeitos da pesquisa.

Resultados: 54,3% das jovens tem informação sobre sexualidade e contracepção nas escolas; 37,4% participaram de atividades educativas; 54,6% relatam diálogo intrafamiliar. Condom é o método mais conhecido (72%), seguido do anticoncepcional oral (52,6%). 33,8% já teve relação sexual e 71,2% sabe que o SUS fornece gratuitamente métodos contraceptivos. Das que iniciaram vida sexual, 55,7% procurou o médico. Vergonha é o motivo mais frequente (10,5%) para não procura. Detectou-se associação, significativa, entre a funcionalidade da família, classe social, grau de informação e utilização de contraceptivos.

Conclusão ou Hipóteses: APGAR familiar é preditor do comportamento sexual e reprodutivo. Comunicação intrafamiliar se associa a comportamento seguro e a comunicação entre parceiros sexuais reduz risco de gravidez indesejada. A rede de serviços de saúde não dispõe de programas voltados a este público, nem mesmo de dados fidedignos sobre a clientela. É necessária integração entre setor saúde e educacional.

Palavras-chave


Saúde Reprodutiva; Apgar Familiar; Gravidez na Adolescência

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