Prevalência de infecções respiratórias em crianças na unidade de saúde Tenoné Belém - Pará

Rafaela Martins Menezes, Beattriz Vaz Pereira Casagrande, Guilherme César Possimoser do Socorro, Paulo Humberto Mendes de Figueiredo, Yuji Magalhães Ikuta

Resumo


Introdução: Segundo Egan et al (2009) as infecções respiratórias agudas (IRA) são doenças de etiologia viral ou bacteriana que acometem qualquer segmento do trato respiratório, cujo início se deu a menos de sete dias, englobando várias síndromes clínicas como: resfriado, otite, amigdalite, faringite, pneumonia, bronquiolite. Atualmente, são responsáveis por 15% das mortes de crianças de 0 a 5 anos de idade.

Objetivos: Verificar a Prevalência de infecções respiratórias em crianças de 0 a 5 anos de uma unidade saúde da familia em Belém-Pará. Identificar a faixa etária e sexo mais acometidos, sintomas e desfechos mais prevalentes e quantificar o número de episódios.

Metodologia ou Descrição da Experiência: O projeto de pesquisa adotou uma abordagem retrospectiva, analítica descritiva. A pesquisa foi realizada na Unidade Saúde da família do Tenoné. As crianças que fizeram parte da amostra eram da atual demanda espontânea da Unidade e que satisfaziam os critérios de inclusão (indivíduos de ambos os sexos, de 0 a 5 anos que apresentaram infecção respiratória) e exclusão (prontuários ilegíveis) do estudo. Os dados foram coletados dos prontuários e anotados em uma ficha própria e as variáveis do estudo foram: ocorrência ou não de infecção respiratória, número de episódios, faixa etária, sexo, sintomas, uso de antibióticos ou sintomáticos, ocorrência de internação e diagnóstico fechado.

Resultados: Das 161 crianças investigadas, 25% (40 crianças) tiveram infecção respiratória (IRA), sendo 25 do sexo masculino (62,5%) e 15 do feminino (37,5%). A faixa etária mais acometida foi de 0 a 1 ano de idade (13 crianças) do total de 40. A maioria era advinda de Belém (35 crianças) e 75% (30 crianças) apresentaram somente 1 episódio pregresso de IRA. A maioria utilizou antibióticos (27 crianças), sendo amoxicilina (19 crianças) a primeira escolha; seguido de sintomáticos (21 crianças), sendo o ambroxol (7 crianças) e o paracetamol (6) os mais utilizados. Os sintomas mais prevalentes foram tosse (37) seguida de febre (22). Houve somente 2% de hospitalização e de diagnóstico fechado (1 criança).

Conclusão ou Hipóteses: A maioria das crianças com IRA eram meninos de 0 a 1 ano de Belém, que tiveram 1 episódio e usaram mais amoxicilina. O principal sintoma foi a tosse. A maioria não foi internada e não teve o diagnóstico fechado. As IRAS são prioridades para a saúde pública necessitando de medidas para seu controle.






Palavras-chave


Prevalência; Crianças; Belém

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