Estudo de caso familiar com foco na reorientação da Estratégia da Família

Francisco Guilherme Galdino de Araujo, Emili Marina Rabelo Monteiro

Resumo


Introdução: O trabalho de pesquisa com famílias oferece subsídios para uma melhor compreensão da realidade Brasileira como um todo. É um estudo complexo, pois busca o avanço em relação aos dados sócio-demográficos, que não dão conta de estudar, isoladamente, a complexidade do grupo social. Desse modo, o conhecimento sobre a família para a realização do planejamento das intervenções de saúde é fundamental.

Objetivos: O objetivo é conhecer a composição da família estudada e compreender a dinâmica, a organização e a interação dos membros entre si e com o ambiente, o histórico de doenças e os padrões de riscos para orientar a remodelação do cuidado à saúde da família e efetividade da Estratégia Saúde da Família.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Os instrumentos utilizados para o estudo e a abordagem familiar foram o Genograma, o Ciclo de Vida Famíliar, o APGAR, o FIRO e o PRACTICE. Essas ferramentas foram utilizadas na entrevista de uma família com cinco membros, dentre estes uma mãe, seu irmão e três filhas adolescentes, moradores do Bairro Edson Queiroz, conhecido como Comunidade do Dendê, no período de outubro e de novembro de 2012. As perguntas feitas na entrevista foram com o foco de obter respostas para preencher quesitos das ferramentas do estudo. Dados que comprovassem que o conhecimento a cerca da família e do ambiente em que vivem podem melhorar a reorientação usada pelo sistema público de saúde para atender as famílias.

Resultados: A mãe, E.M.S, respondeu a entrevista. É uma família de Recife que veio morar em Fortaleza por causa de condições financeiras. Família caracterizada por ter adolescentes e ausência do pai, P.S. O histórico familiar de E.M.S mostra que há vários casos de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, doenças as quais ela está sendo tratada com medicamentos. Com isso, faz-se um genograma que mostra como a família está unida e a hereditariedade de doenças mais frequentes. Família caracterizada como moderadamente disfuncional, por causa da carência afetiva da mãe de família e por ser base da dinâmica familiar. Em geral, a família tem um controle colaborativo e uma intimidade entre os membros.

Conclusão ou Hipóteses: Portanto, o conhecimento das dificuldades familiares, da vulnerabilidade aos comportamentos de risco, ou, até mesmo, da experiência de vida que cada membro possui pode ser uma estratégia para reorientar o modelo de Atenção Básica primária, pois, normalmente, os problemas sociais dos pacientes estão, intimamente, relacionados com as suas relações familiares e aos obstáculos enfrentados.


Texto completo:

Sem título

Apontamentos

  • Não há apontamentos.