Grupo de apoio: planejamento transdisciplinar para redução de danos em álcool/drogas

Anne Marcelle Marques Coelho, Juliana Alves Moreira da Silva, Luiza da Costa Mendes, Priscila Vital Ximenes, Vania Lopes Trovão

Resumo


Introdução: A APS tem se despontado em apoiar usuários de álcool e drogas propondo a redução de danos. Enquanto dispositivo de saúde realiza atividades de redução de danos como redução de medicalização, contracepção, controle do tabagismo, planejamento familiar, etc. A CF Marcos Valadão, Acari/RJ está numa comunidade não pacificada onde drogas ilícitas integram um cenário naturalizado pela população local.

Objetivos: Elaborar estratégia de acolhimento coletivo aos usuários. Entendendo que deve haver uma abordagem transdisciplinar em saúde, foram reunidos equipe de saúde da família e NASF (médico, psicólogo, assistente social, enfermeiro, fisioterapeuta, nutricionista e agente comunitário de saúde).

Metodologia ou Descrição da Experiência: Num primeiro momento a estratégia eleita foi a Roda de Conversa com o objetivo de propiciar uma escuta sensível tendo como base um trabalho coletivo e transdisciplinar. Propôs-se quatro encontros mensais com frequência semanal intercalados entre as especialidades presentes em um espaço de acolhimento contínuo. Os usuários poderão opinar sobre o que gostariam que fosse abordado nas conversas.

Resultados: Sobre o perfil e posicionamento dos profissionais: ter afinidade e sensibilidade, acolher o usuário sem culpabilizá-lo nem tampouco incorrer no extremo oposto vitimizando-o, estar despido de preconceitos, evitar opiniões e estar atento aos vários níveis de dependência daquele sujeito. O maior desafio foi pensar como convidar o indivíduo a participar do grupo sem vender ilusões ou prometer algum benefício que possa atrair a sua presença. Outra dificuldade colocada está relacionada ao lugar que este profissional pode ocupar frente a esses usuários já que frequentemente somos colocados num lugar de polícia, tornando-se barreira para a chegada e abordagem desses usuários no grupo.

Conclusão ou Hipóteses: Atuar coletivamente numa abordagem psicossocial de escuta qualificada facilitadora de diálogo pondo o sujeito em primeiro plano, além de atividades culturais e lazer. Optou-se a não utilizar jaleco (profissionais de saúde) para não criar um distanciamento que prejudique o trabalho. Convidar familiares e amigos desses usuários compartilhando o papel do apoio tornando-os parceiros desta iniciativa.

 



Palavras-chave


Transdisciplinariedade; Álcool e Drogas; NASF

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