Hipertensão arterial sistêmica: há muito que se fazer

Dangelo de Oliveira e Silva, Guilherme Pastorelli Bonjorno, Martina Siqueira Bierbrauer, Gabriel Ricardo de Melo Dourado

Resumo


Introdução: A hipertensão arterial (HA) tem alta prevalência no Brasil e apresenta custos médicos e socioeconômicos elevados. O irrestrito acesso à Atenção Básica de saúde e o atendimento de boa qualidade são essenciais para a precocidade do diagnóstico, do tratamento e do controle da HA, sendo importante conscientizar o paciente sobre a necessidade da compensação da doença e da adesão à terapêutica.

Objetivos: Inúmeras condições explicam a ocorrência de hipertensão de difícil controle. Em muitos pacientes, entretanto, o problema básico é a falta de adesão ao tratamento. O objetivo desse trabalho é mostrar os impactos da não adesão ao tratamento e questionar algumas razões para essa resistência.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Relato de experiência: Levando em consideração que o controle da HA se faz com participação ativa do hipertenso, coparticipação da família e dos profissionais da saúde, um grupo formado por seis acadêmicos de medicina, em diferentes períodos da graduação, foi até um bairro localizado na cidade de Uberaba/MG, para acompanhar famílias que se inscreveram no projeto o qual esses acadêmicos fazem parte pela Liga de Medicina de Família e Comunidade de Uberaba pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Esperava-se uma boa adesão do paciente hipertenso ao tratamento visto que o grupo visitava a residência do paciente para alertá-lo sobre os riscos de sua doença.

Resultados: Embora as visitas fossem em caráter preventivo e esclarecedor para o paciente e sua família sobre HA, o hipertenso mostrou-se bastante resistente não apenas ao tratamento, mas nas conversas com o grupo e também a possíveis idas ao médico pelo SUS. Isso prejudica sua qualidade de vida, pois apesar de jovem, 30 anos, os picos hipertensivos levam a crises de cefaleia e ele não consegue realizar suas tarefas normalmente devido à crises de enxaqueca. Isso causa impacto em toda a família por ser ele o principal provedor do lar. Talvez a dificuldade financeira para aquisição da medicação e a descrença de obtê-la pelo SUS sejam causas para a resistência desse paciente ao tratamento de sua HA.

Conclusão ou Hipóteses: Os benefícios do tratamento da HA deveriam ser amplamente divulgados, considerando que a maioria dos hipertensos, com ou sem lesão em órgão-alvo, não adere aos tratamentos ou não tem acesso contínuo à medicação. A ineficiência da divulgação correta e com clareza da prevenção, complicações e consequências da HA, coloca a população exposta aos maus prognósticos para a HA descompensada.






Palavras-chave


Hipertensão Arterial; Adesão; Tratamento

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