Impacto da ação imunização no mês de vacinação dos povos indígenas

Resumo

Introdução: Os povos indígenas apresentam um perfil diferenciado de saúde, com grave quadro de iniqüidade, se comparado com a população não indígena, Diante disso, a adoção de ações de imunização demonstra ser prioritária e essencial à redução do risco de adoecer e morrer dessa população.

Objetivos: O objetivo do estudo é avaliar o impacto causado/alcançado após uma ação de vacina, alem de aumentar a taxa de cobertura vacinal e acesso da população à vacinação em 04 pólos base (Kumarú, Biá, Eirunepé e Ipixuna) do Distrito Sanitário Especial Indígena do Médio Rio Solimões e Afluentes.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Consiste em um relato de experiência de ação planejada e desenvolvida pela Equipe Multidisciplinar em Saúde Indígena (EMSI) com atividades de imunização nestas comunidades. O DSEI-M.R.S.A. tem como sede o município de Tefé- Amazonas e 15 pólos base abrangendo mais 13 municípios, com um total de 152 aldeias e 13.205 indígenas aldeados (SIASI, 2011), a avaliação do impacto foi com 04 pólos bases, com peculiaridades distintas, abrangendo 36 comunidades e uma população esperada de 1083 indígenas de 03 etnias distintas.

Resultados: Como resultado da ação as equipes conseguiram encontrar 1196 indígenas de 39 aldeias nos 04 pólos Base. Foram administradas 4926 doses onde as vacinas mais administradas foram contra Influenza 39,46% (1.944 doses), Triplice Viral 14,19% (699 doses) e pólio 8,32% (410 doses), ainda sim foi possível trabalhar diretamente com 84 profissionais do DSEI, tendo um gasto total de R$ 23.578,00, destes R$ 10.340 foram destinados o combustível para deslocamento da equipe e R$ 9.558,00 para pagamento de diárias para Colaboradores da missão.

Conclusão ou Hipóteses: Ao final pode-se concluir que uma entrada de vacinação requer participação direta das equipes dos polos, afim de que eles próprios possam definir suas metas e estratégias de vacinar a população pactuada, ainda que não exista delimitação de área para indígenas, e que distancias intermináveis não são barreiras para que alguns povos se desloquem com o intuito ganhar vida nova, novo nome.