Amamentação sob a ótica de mães trabalhadoras rurais do município de Ubirajara - SP

Resumo

Introdução: O leite materno é completo. Contudo, a prática de amamentar, que era natural no início do século, hoje é resultado de uma opção materna que envolve uma complexa interação de fatores. O comportamento alimentar da criança é determinado pela interação da criança com o alimento, pelo seu desenvolvimento anatomo-fisiológico e por fatores emocionais, psicológicos, socioeconômicos e culturais.

Objetivos: A pesquisa objetivou descrever os significados que as mulheres trabalhadoras rurais atribuem à experiência da amamentação.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Trata-se de uma pesquisa descritiva, qualitativa, cujos dados foram coletados por meio de entrevistas, organizados e analisados pelo método da analise temática. Foram entrevistadas 12 mães trabalhadoras rurais residentes no município de Ubirajara S/P, que amamentaram ou que estavam amamentando seus filhos, de diferentes escolaridades e idade. Os discursos foram agrupados em quatro temas: Importância/beneficio do leite materno; Dificuldades para amamentar; Incentivo para amamentar e Fatores que impendem o aleitamento materno exclusivo.

Resultados: Permitiram compreender que na ótica dessas mães a amamentação é importante para a saúde da criança, recebem informação em ala hospitalar sobre a essencialidade de amamentar até os seis meses de vida, a maioria recebeu apoio do parceiro, expressam desejo de amamentar e possuem conhecimentos passados de geração em geração, porém isso não foi suficiente para as entrevistadas prevalecer com a amamentação até o sexto mês, como mostra os dados, 83% (oitenta e três por cento), introduziram complemento alimentar antes dos seis meses, apenas 17% (dezessete por cento), prevaleceram com a amamentação. Elas atribuíram o desmame precoce á volta ao trabalho e a crença do leite fraco/insuficiente.

Conclusão ou Hipóteses: Conclui-se que a cultura, meio em que estavam inseridas contribuiu para o significado que as mesmas deram à experiência da amamentação e na decisão de interromper ou introduzir complementos, antes dos seis meses, tempo mínimo recomendado pela OMS.