Avanços e limites na classificação diagnóstica da dengue

Carina Araújo Rocha, Alison Felipe Alencar Chaves, Lucas Ferreira Siqueira, Victor Hugo Monteiro Pontes, Caio Luiz Marques Gomes

Resumo


Introdução: Em 1997, a World Health Organization (WHO) classifica a dengue em: clássica, febre hemorrágica e síndrome de choque. Porém, com sua disseminação progressiva houve necessidade de um novo critério de classificação. Em 2009, a WHO passa a classificar a doença como: dengue sem sinais de alerta, dengue com sinais de alerta e dengue severa.

Objetivos: Investigar o sistema de classificação de 2009 quanto ao sucesso no diagnóstico da severidade em que se manifesta a dengue, tendo em vista que é necessário avaliar se o último parâmetro estabelecido pela WHO tem ajudado no manejo da doença.

Metodologia ou Descrição da Experiência: A revisão de literatura foi realizada a partir da base de dados PUBMED. Para a busca se usaram as palavras WHO dengue guidelines que resultou em 40 hits e WHO dengue classification que apresentou 102 hits. Foram selecionados os artigos que avaliavam as classificações da dengue de 1997 e de 2009, os quais somaram em número de 13. Após essa seleção prévia, a data de publicação anterior ao ano de 2010 foi utilizada como critério de exclusão, o que levou a retirada de 4 artigos, restando 9 disponíveis para estudo.

Resultados: Dos nove artigos estudados, apenas um recomenda o uso da classificação de 1997 para dengue. Outro afirma que não há diferença entre os dois métodos. Todos os outros aprovam o novo procedimento de classificação da doença. Dentre esses, cinco admitem seu uso, no entanto, apresentam ressalvas. Apenas dois, portanto, são plenamente favoráveis à aplicação da classificação de 2009 da WHO. Como aspectos favoráveis à nova classificação estão a maior sensibilidade do método e o manejo mais simples da doença. Entretanto, entre os desfavoráveis a essa classificação estão o aumento da carga de trabalho pelo profissional de saúde e a menor especificidade do método.

Conclusão ou Hipóteses: A nova classificação é promissora, por ser mais sensível ao diagnóstico de casos graves da dengue, no entanto, é limitada quanto à sua especificidade. Portanto, não se trata de um esquema definitivo. Para seu melhor uso, mais pesquisas precisam ser realizadas a fim de aprimorar o manejo clínico da doença.




Palavras-chave


Dengue; WHO Dengue Classification; Manejo Clínico

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