Análise da força muscular respiratória em idosas praticantes de canto coral

Pricila de Jesus Oliveira do Rosário, Agnes de Maria Júnior da Silva, Amanda Layssa Feio Gandra, Marina Moura Mourão, Paola Braga Salgado

Resumo


Introdução: O número de idosas no Brasil vem crescendo consideravelmente nos últimos anos. O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo no qual há alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas que progressivamente limitam o organismo e está associado à perda de massa muscular. Em virtude disso ocorre um déficit muscular, incluindo os músculos respiratórios.

Objetivos: A pesquisa teve o objetivo de avaliar a força dos músculos respiratórios em idosas sedentárias e comparar a força dos músculos inspiratórios e expiratórios de idosas sedentárias praticantes e não praticantes de canto coral para verificar a influencia do canto na força muscular respiratória.

Metodologia ou Descrição da Experiência: O estudo avaliou dez (10) idosas divididas em dois grupos. O grupo de canto coral composto por cinco (5) idosas sedentárias com média de idade de 66 anos e desvio padrão de ± 3 anos, praticantes do canto coral há pelo menos 2 meses, e o grupo controle composto por cinco (5) idosas sedentárias que não praticam canto coral com idade média de 66,4 anos, com desvio padrão de ± 4,8 anos. A força muscular respiratória foi avaliada através da manovacuometria, sendo grau de significância adotado de 5% (p= 0,05). Os dois grupos foram comparados estatisticamente quanto aos valores de pressão inspiratória máxima (PIMáx) e pressão expiratória máxima (PEMáx).

Resultados: A Idade é preditor negativo das forças musculares respiratórias. O processo de envelhecimento está associado sarcopenia, redução da força muscular máxima, déficit em gerar força suficiente para produzir uma contração efetiva, além disso o sedentarismo agrava ainda mais a sarcopenia advinda da senescência. Nesta pesquisa não foi encontrada diferença estatisticamente significativa nos valores de PImáx (p= 0,0508) e PEmáx (p= 0,5062) demonstrando que não há aumento significativo da força muscular respiratória em idosas que praticam canto, embora os valores absolutos de PImáx e PEmáx tenham sido maiores no grupo de idosas praticantes do canto coral.

Conclusão ou Hipóteses: Apesar dos resultados deste estudo, a prática do canto coral pode promover incremento na força muscular respiratória já que a manobra de estratégia respiratória essencial é amplamente praticada, para garantir a eficácia crescente na emissão cantada, além disso, o canto gera uma melhor consciência respiratória. Por ser uma prática lúdica e praticada em grupo, é interessante incentiva-la em idosos.




Palavras-chave


Canto Coral; Idosas; Força Muscular Respiratória

Texto completo:

PDF/A

Apontamentos

  • Não há apontamentos.