Capacitação dos agentes comunitários de saúde de Araguari - MG: relato de experiência

Elisa Toffoli Rodrigues, Ana Silvia de Sousa Martins, Fabíola Prado de Morais, Letícia Alves da Silva, Lillian Aparecida Ferreira

Resumo


Introdução: Os agentes comunitários de saúde (ACS) possuem papel singular na Estratégia Saúde da Família sendo responsáveis por cadastro, visita domiciliar, grupo educativo/vigilância, prevenção e promoção da saúde. Diante da importância dessas atividades é necessário que estejam preparados e atualizados, o que justifica a realização de projeto de extensão para a qualificação dos ACS de Araguari-MG.

Objetivos: Descrever a experiência do projeto de extensão realizado em Araguari-MG, que teve o intuito de capacitar e qualificar os agentes comunitários de saúde para o aprimoramento das suas atividades realizadas junto à comunidade.

Metodologia ou Descrição da Experiência: O projeto fez parte das atividades de extensão da Liga de Saúde da Família da Universidade Federal de Uberlândia, sendo realizado com aproximadamente 90 ACS das 15 Unidades de Saúde da Família (USF) do município de Araguari–MG. O projeto de extensão se desenvolveu entre os meses de março de 2012 a março de 2013, com realização de oficinas mensais, em grupos de 15 a 20 ACS. No início do projeto foi aplicado um questionário qualiquantitativo para conhecer o perfil desses profissionais e suas necessidades de educação em saúde. A construção das oficina baseou-se na educação problematizadora, sendo utilizadas as técnicas de exposição dialogada, trabalhos em grupo e discussão de casos.

Resultados: Foram realizadas 9 oficinas com os ACS, com os temas: integração; papel do ACS; doenças sexualmente transmissíveis; imunizações; pré-natal, parto e puerpério; câncer de colo uterino e de mama, violência contra mulher, saúde mental e álcool e drogas. Foi estimulado a participação ativa dos ACS, que se mostraram participativos e satisfeitos com o projeto. Observou-se uma heterogeneidade entre o conhecimento dos ACS, principalmente relacionados ao tempo de serviço na ESF e à formação acadêmica destes. A maioria detinha conhecimento sobre as temáticas abordadas, mas era necessário aprimorá-lo, o que foi incentivado através da troca de experiências.

Conclusão ou Hipóteses: A realização de oficinas com metodologias ativas de ensino-aprendizagem se mostrou uma boa alternativa para a qualificação dos ACS pois permitiram a auto-reflexão sobre o papel dos ACS na ESF, a identificação de dificuldades, a troca de experiências e a construção coletiva de conhecimentos. Além disso, o projeto teve o papel de integração e compartilhamento de angústias dos ACS.


Palavras-chave


ACS; Agentes Comunitários de Saúde; Relato de Experiência

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