Prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em idosos atendidos na ESF Warislândia

Vinicius Costa Souza, Paulo Henrique Barbosa de Araújo, Aline Farias Cravo, Cláudia Daniele Tavares Dutra, Erik Silva Menezes

Resumo


Introdução: O envelhecimento é processo normal, gradativo e irreversível que ocasiona mudanças, provocadas por fatores internos (componente genético) e externos (hábitos de vida, escolaridade, ambiente). Fatores biológicos associados aos genéticos e hábitos alimentares inadequados, predispõem o indivíduo a desenvolver doenças crônicas não transmissíveis como, diabetes, hipertensão, obesidade, entre outros.

Objetivos: Conhecer as condições de vida e saúde dos idosos atendidos em duas Estratégias Saúde da Família do município de Ananindeua, bem como fazer um levantamento da prevalência dos agravos não transmissíveis mais comuns na casuística estudada.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo transversal, realizado nas Estratégias Saúde da Família Seringal e Warislândia. Foi realizado de setembro de 2010 a março de 2011. Utilizou-se um questionário com informações sobre variáveis socioeconômicas, as dificuldades dos idosos, independências relatadas pelos idosos, distribuição das doenças mais prevalentes, relação entre possuir cuidador versus faixa etária, independência e presença de doença. Incluiu-se no estudo idosos a partir dos 60 anos que aceitaram participar do estudo e excluiu-se idosos com alguma doença sistêmica ou condição de saúde que os impedia de participar da pesquisa, incluindo doença mental grave ou aqueles que não assinaram o Termo de Consentimento.

Resultados: Foram entrevistados 164 idosos. Quanto ao perfil dos idosos, observou-se predominância do sexo feminino, idosos na faixa etária de 60 a 69 anos de idade, casados e que moravam com familiares. Mais da metade não possuía o ensino médio completo o que se refletia na renda dos indivíduos, uma vez que, aproximadamente 68% dos entrevistados declararam possuir renda de até um salário mínimo. Verificou-se que as doenças mais prevalentes, no sexo feminino foram à hipertensão arterial (63%), diabetes (64%), artrose (69%), doenças cardiovasculares (70%) e outras doenças (61%) relatadas pelas idosas. Enquanto que o acidente vascular encefálico (AVE) (52%) foi mais frequente no sexo masculino.

Conclusão ou Hipóteses: A compreensão de que um bom estado de saúde depende de fatores psíquicos, biológicos e socioculturais faz com que vejamos os idosos sob a ótica da integralidade. Assim, é fundamental que cada ESF conheça o perfil dos usuários dos seus programas e suas necessidades, instrumentando, assim, um serviço eficiente e eficaz, visando a melhoria das condições de vida e saúde da população idosa local.





Palavras-chave


Idoso; Perfil de Saúde; Promoção da Saúde

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