Estágio de vivência no SUS: reorientando a formação em saúde na Bahia

Edermeson Roque Malheiro Brandão, Saulo Vasconcelos Rocha, Edilaine Alves Nunes

Resumo


Introdução: A formação dos profissionais de saúde vem passando por mudanças profundas nas últimas décadas. Nesse sentido, a Escola Estadual de Saúde Pública Professor Francisco Peixoto de Magalhães Netto (EESP) da Bahia, no ano de 2008, instituiu o Estágio de Vivência no Sistema Único de Saúde (EVSUS). A 1ª Edição ocorreu em 2009 com a participação de 100 estudantes imersos em 5 municípios baianos.

Objetivos: Apresentar a experiência da imersão na 5ª Edição do EVSUS-Ba, discutindo a importância do Estágio no contexto da construção e reconstrução da formação profissional, entendendo os serviços de saúde como espaços privilegiados de aprendizagem e discussão.

Metodologia ou Descrição da Experiência: O presente trabalho trata-se de um relato de experiência a cerca da imersão realizada no Estágio de Vivência do SUS – Ba no ano de 2012 em um município do interior baiano de pequeno porte. A vivência contou com a participação de dois mediadores de aprendizagem e dez estagiários dos cursos de medicina, fisioterapia, enfermagem, nutrição, farmácia, psicologia, fonoaudiologia, serviço social e ciências biológicas. A Vivência ocorreu no período de dez dias. As atividades realiadas envolveram: visitas à Serviços de Saúde do município; encontros com Servidores de Saúde e com o Conselho Municipal , além de discussões entre os estagiários e mediadores submersos na Vivência.

Resultados: Durante a Vivência foi possível conhecer e reconhecer, através das visitas, os serviços de saúde como espaços de aprendizagem e discussão, permitindo aos estagiários observar o funcionamento do SUS, seus desafios e limitações. Nessa perspectiva, os encontros com Gestores e Servidores de Saúde possibilitaram a apresentação e discussão dos problemas da Assistência Municipal, apontando soluções para estes. Relata-se, ainda, a relevância das discussões entre o grupo, as quais contribuíram para o compartilhamento de informações e para a percepção da necessidade do trabalho em equipe multiprofissional, na perspectiva da construção de uma saúde pública cada vez mais universal, equânime e integral.

Conclusão ou Hipóteses: O Estágio de Vivências no SUS firma-se, desta maneira, como estratégia pertinente para a reorientação da formação em saúde, pois possibilita a aquisição de conhecimentos através da observação de um Sistema Municipal de Saúde e das discussões com o grupo multiprofissional, desenvolvendo o senso político e crítico dos estudantes junto às políticas que gerem o SUS.


Palavras-chave


Sistema Único de Saúde; Ensino; Medicina Comunitária

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