Formação integrando agentes de vigilância nas equipes de saúde da família

Márcia Valéria Leal Guimarães, Marcela Alves Brunhosa, Nataly Damasceno de Figueiredo, Elisete Casotti, Marcus Vinícius Ferreira

Resumo


Introdução: As ações de Vigilância em Saúde devem estar inseridas no cotidiano das equipes de Atenção Primária/Saúde da Família, com atribuições e responsabilidades definidas em território único de atuação. As atividades dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e dos Agentes de Vigilância em Saúde (AVS) devem ser desempenhadas de maneira integrada e complementar.

Objetivos: Este trabalho tem por objetivo relatar a experiência, desenvolvida entre os anos de 2010-11, de formação de 1380 Agentes de Vigilância em Saúde mediante o desenvolvimento do Programa de Formação de Agentes de Vigilância em Saúde - PROFORMAR.

Metodologia ou Descrição da Experiência: A perspectiva foi de incorporação imediata nas equipes de saúde da família e na discussão do processo de trabalho junto à rede de Atenção Primária. O curso foi descentralizado. Em cada Área de Planejamento de Saúde (10) foi estruturada uma Estação Observatório Saúde Presente (OTICS). A escolha da localização dos Observatórios foi realizada em parceria com as Coordenações das Áreas de Planejamento e Direções de Vigilância em Saúde. O curso foi realizado em duas etapas com 400 horas, com revisão e expansão curricular do Proformar Nacional. Além dos docentes da EPSJV cada turma foi acompanhada por um tutor. A organização do processo de aprendizagem foi ancorada na realidade dos territórios.

Resultados: A formação dos AVS proporcionou uma prática mais crítica, reflexiva e inovadora; promoveu oportunidades de reconhecimento, análise e discussão sobre o espaço/território de atuação desses profissionais, visando elaboração de diagnóstico da situação de saúde e condições de vida; contribuiu para a formação de trabalhadores-cidadãos comprometidos com as novas práticas em saúde, com os avanços tecnológicos e o fortalecimento do SUS e; redefiniu os processos de trabalho da vigilância em saúde com vistas à sua integração ao conjunto das ações da Atenção Básica. As OTICS se consolidaram como locais de educação permanente em saúde para a rede local de serviços.

Conclusão ou Hipóteses: Iniciativas desta natureza são resultado de uma decisão de gestão. Quanto mais inclusiva for a co-gestão do processo, melhores serão os resultados: minimiza-se ruídos de comunicação, faz-se de todas as etapas oportunidades de diálogo, refina-se - no próprio percurso com as devolutivas necessárias e, principalmente, não separa-se as várias peças que fazem parte de uma única estratégia.


Palavras-chave


Formação; Vigilância em Saúde; Estratégia de Saúde da Família

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