O emprego de metodologias ativas na formação do agente comunitário de saúde

Diângeli Soares, Denise Ornelas Pereira Salvador de Oliveira, Renata Carneiro Vieira, Elisete Barreto Ferreira Nery, Kelly Cristiane Rodrigues

Resumo


Introdução: O agente comunitário de saúde (ACS) desempenha um importante papel na Estratégia Saúde da Família (ESF), uma vez que articula os objetivos da politica de saúde com as demandas da comunidade. Neste contexto, politicas de educação permanente, bem como estratégias de ensino capazes de dialogar com a realidade deste profissional, se fazem primordiais para a consolidação da ESF.

Objetivos: O objetivo deste trabalho é relatar a experiência dos profissionais de uma Unidade Básica de Saúde, do Município de Diadema-SP, com a aplicação de metodologias ativas, durante a realização do Curso de Formação de Agentes Comunitários de Saúde, desenvolvido entre os meses de Março e Setembro de 2012.

Metodologia ou Descrição da Experiência: O Curso de Formação de Agentes Comunitários de Saúde, oferecido pelo Centro de Formação em Recursos Humanos para o SUS e inserido no âmbito da Portaria Ministerial n°2662/2008, tem carga horaria de 400 horas-aula, divididas em momentos de concentração, para aporte teórico e de dispersão, para a aplicação pratica dos conteúdos. Para viabilizar o curso, criou-se um colegiado docente, composto pelos profissionais de nível superior da ESF e do NASF, que se reuniu a cada modulo para planejar as atividades. O colegiado docente optou por uma abordagem pedagógica problematizadora e centrada na experiência, tendo por objetivo promover a aprendizagem significativa e impactar no processo de trabalho.

Resultados: Os seguintes recursos pedagógicos foram utilizados: Teatro do Oprimido, discussão de casos, realização de pré e pós-testes, entrevistas a usuários do sistema com foco em seu itinerário terapêutico, construção da “Agenda do ACS”, excursão à exposição “O Fantástico Corpo Humano”, elaboração de maquetes com ambientes “livres de risco de acidentes para idosos” e territorialização da área de abrangência da UBS, com visita ao Centro de Memória de Diadema, para pesquisa e montagem da exposição “Nossas Ruas, Nossa Historia”. As atividades foram avaliadas positivamente pelo colegiado docente e pelos agentes comunitários de saúde, em reuniões e questionários aplicados no final de cada aula.

Conclusão ou Hipóteses: As metodologias ativas mostram-se capazes de promover a aprendizagem significativa e de dar voz às demandas próprias dos ACS, no que se refere às suas condições de trabalho. Contribuiu para consolidar no grupo a identidade de “profissional de saúde”, com a qual poucos se identificavam. O processo de trabalho também foi positivamente impactado em virtude das repactuações realizadas durante o curso.


Palavras-chave


Educação Permanente; Agente Comunitário de Saúde; Metodologias Ativas

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