Mortalidade infantil: desafio para Saúde da Família a partir da formação

Ana Paula Cavalcante Ramalho Brilhante, Juliana Donato Nóbrega, Kilma Wanderley Lopes Gomes, Vera Lúcia Azevedo Dantas, Francisca Lucia Nunes Arruda

Resumo


Introdução: A Estratégia Saúde da Família (ESF) é a principal porta de entrada do sistema e apresenta com um dos desafios a redução da mortalidade materna e infantil. O Ceará adotou para o enfretamento deste problema, a qualificação dos profissionais da ESF a partir da discussão na Comissão Permanente de Integração Ensino e Serviço (CIES), envolvendo o quadrilátero da Política de Educação Permanente.

Objetivos: Relatar a experiência de formação realizada para os profissionais médicos e enfermeiros da Estratégia da Saúde da Família na Atenção à Saúde da Mulher no Ciclo Gravídico-Puerperal e o Recém-Nascido nos diferentes municípios da Macrorregional de Fortaleza.

Metodologia ou Descrição da Experiência: O processo de formação foi desenvolvido no período de 2009 a 2012, nos municípios de Fortaleza, Itapipoca, Maracanaú, Caucaia, Canindé, Quixadá e Iguatu, municípios prioritários do Estado do Ceará para a redução da mortalidade materna e infantil. A proposta teórico-metodológica do curso fundamentou-se nos pilares da educação permanente, baseada na aprendizagem na ação, significativa, contextualizada e reflexiva. O curso foi organizado na modalidade presencial com atividade teórico e prática na Unidade Básica de Saúde, utilizando discussão de casos clínicos, exposições dialogadas, vídeo-debate, desenvolvimento de habilidades clínicas de cuidado e outros.

Resultados: Concluíram 40 facilitadores que atuaram como multiplicadores de 192 equipes de Saúde da Família. Foram elaborados quatro manuais nas temáticas: atenção ao pré-natal, problemas clínicos durante a gravidez: hipertensão, diabetes, anemias, agravos infecciosos de transmissão vertical, infecção do trato urinário e outras; uso racional de medicamentos e abusivo de álcool e outras drogas, cuidados com o recém-nascido; violência sexual e doméstica. Elaboração de projetos de intervenção em cada território de atuação dos profissionais como envolvimentos dos demais membros da equipe, possibilitando maior implicação dos profissionais em relação ao processo de formação para transformação da realidade.

Conclusão ou Hipóteses: O processo de educação permanente realizado proporcionou a ressignificação dos processos de trabalho das equipes de saúde da família, e possibilitou a unificação de condutas entre os profissionais capacitados e compartilhamento de saberes e práticas. Observou-se que esta formação apresentou experiências positivas para os profissionais que atuaram como facilitadores.

Palavras-chave


Mortalidade Materno e Infantil; Educação em Saúde; Saúde da Família

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