Discutindo o estágio rural em saúde mental no município de Itagí, Bahia

Rosângela da Luz Matos, Maria Fernanda Aguero, Nadia Martinez, Ana Laura Moiron, Silvina Arbilaga

Resumo


Introdução: Este relato apresenta a experiência de estágio rural em saúde mental realizado no município de Itagi, Bahia, vinculado ao programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade da Escola de Saúde Pública da Bahia desenvolvido por estagiários em intercâmbio, oriundos dos programas de residência em saúde de Lanús, El Bolson e San Martín, Argentina.

Objetivos: As práticas de estágio concentraram-se no diagnóstico das necessidades de atenção à saúde mental da população e na identificação dos recursos disponíveis e suas potencialidades para a implementação de ações de atenção à saúde mental em parceria com os usuários e famíliares dos serviços de saúde do município.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Itagi é uma cidade de 13.053 habitantes, dos quais 10.210 correspondem a população urbana e 2.843 a população rural. Esta situada ao sul de Salvador, a 209 km de distancia e no mapa político esta vinculada a microrregião de Jequié, distante 34 km. A principal atividade econômica da região estava ligada a produção de cacau, contudo na década de 1980 uma diminuição significativa foi registrada em decorrência de uma praga chamada vassoura de bruxa que afetou a economia local. Atualmente a população registra presença no emprego público, no comércio e uma grande parte depende de benefícios sociais. Nas zonas rurais registra-se uma parcela importante da população vivendo da agricultura famíliar.

Resultados: O município tem 4 USF, 1 na zona rural. Cada USF conta com uma equipe de saúde, de higiene bucal e agente comunitário. A assistência em saúde mental dá-se por meio de consultas individuais dispensadas por psiquiatra e psicólogo. O município conta com um CRAS que atende a população em situação de pobreza e vulnerabilidade social por meio do Programa de Atenção Integral da Família. As práticas ofertadas foram: grupos de sala de espera na USF, visitas domicilia res com os ACS, grupos temáticos terapêuticos para famíliares e usuários com agravos em saúde mental. No CRAS as ações concentraram-se em dois grupos de atenção e oficinas regulares destinadas a população.

Conclusão ou Hipóteses: A oferta de serviços de saúde e assistência está baseada na demanda espontânea. Indica-se a organização da oferta as necessidades de saúde mental da população associado a dispositivos psicossociais, tais como acolhimento, grupos de sala de espera, terapêuticos, temáticos, oficinas e projetos artístico-culturais, projeto terapêutico singular, trabalho em equipe, em rede e articulação intersetorial.


Palavras-chave


Saúde Mental; Saúde da Família; Intersetorialidade

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