A importância do saneamento básico para erradicação da esquistossomose

Vinicius Pedreira Almeida Santos, Ana Maria Duarte Ponte, Rita de Cassia Melo dos Santos

Resumo


Introdução: A Esquistossomose é uma parasitose endêmica na América do Sul com predomínio nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil. Suas elevadas incidência e prevalência estão intrinsecamente relacionadas às precárias condições sanitárias e à falta de esclarecimento e conscientização populacional. Condições adequadas de higiene são de fundamental importância para promoção da saúde e prevenção desse tipo de agravo.

Objetivos: O estudo tem como objetivo alertar para a importância do Saneamento Básico na promoção da saúde e prevenção de doenças na população. O trabalho relata a manutenção do ciclo da esquistossomose em um ambiente onde quase inexiste rede de esgoto e água encanada.

Metodologia ou descrição da experiência: Dados informados pelos Agentes Comunitários de Saúde e informações nos prontuários de uma pequena comunidade de Zona Rural sem saneamento básico no Município de São Félix-Bahia. Buscou-se a respeito de exames parasitológicos de fezes realizados em crianças e adolescentes que moram no local, e quantos já haviam feito tratamento prévio com o uso da medicação Praziquantel. Foram observados dados de pacientes com até 15 anos de idade e que realizaram exame parasitológico no ano de 2011 e 2012. Não foram colhidas informações sobre sintomatologia ou achados clínicos, quanto ao diagnóstico e a indicação de tratamento, atendo-se unicamente a informação de ter realizado o exame e uso da medicação.

Resultados: Do total de 244 pacientes, encontrou-se registro de 125 com exame parasitológico sendo que 76,8% deles (96) com presença de ovos de Esquistossomose; 19,2% (24) tinham o exame negativo e 4% (05) pacientes havia relato de perda do exame ou não entregues. Entre os que obtiveram exame positivo, 46 deles (quase a metade) já tinham realizado tratamento prévio e destes, 27 realizaram tratamento até mais de duas vezes. Do total de negativos (24) 9 tinham relato de tratamento prévio. Quanto ao tratamento, apenas um paciente com relato de reação alérgica ao medicamento (urticária) sem grandes repercussões. Havia ainda casos de poliparasitimo sendo frequente ancilostomíase, enterobíase e amebíase.

Conclusões ou hipóteses: A Esquistossomose ainda é uma triste realidade em nosso País sendo necessário combatê-la. A presença de água e alimentos contaminados favorece a reinfecção e falha no tratamento. Apesar da pequena amostra estudada e dados escassos sobre uso correto da medicação e grau de instrução dos pacientes, o fator principal de manutenção da doença é a falta de saneamento básico e de higiene adequada.


Palavras-chave


Esquistossomose; Parasitose; Saneamento Básico

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