Qualidade de vida no diabetes – relato de experiência

Denis Conci Braga, Silvia Monica Bortolini, Samanta Sgarbi Vebber, Valmor da Silva Junior, Júnia Ruaro

Resumo


Introdução: O diabetes mellitus é uma doença crônica que resulta em grandes alterações físicas, sociais e emocionais, gerando um enorme impacto na vida dos pacientes. Desta forma, a repercussão da doença no modo de vida é significativa, devido às mudanças em hábitos cotidianos. A qualidade de vida é um importante indicador de saúde, pois permite mensurar o bem-estar e as necessidades dos indivíduos.

Objetivos: Relatar a experiência de aplicar um questionário sobre a qualidade de vida no diabetes em pacientes de um município do meio-oeste catarinense. Verificar quais domínios são mais afetados nos pacientes insulino-dependentes. Verificar quais questões gera mais insatisfação.

Metodologia ou descrição da experiência: Trata-se de um relato de experiência. Foi aplicado o questionário Diabetes Quality of Life Measure (DQOL), validado para a língua portuguesa, nos pacientes que compareceram a uma reunião do grupo de insulino-dependentes, provenientes de duas Estratégias Saúde da Família (ESF) do município de Água Doce, cuja população é de 6954 habitantes e possui 232 diabéticos cadastrados. O instrumento é composto por 43 questões de múltipla escolha organizadas em quatro domínios: satisfação (15 questões), impacto (17 perguntas), preocupações sociais/vocacionais (7 questões) e preocupações relacionadas ao diabetes (4 quesitos). O questionário foi aplicado e pelo médico da ESF e por acadêmicos de medicina.

Resultados: Foram entrevistados 8 pacientes. Destes, 2 eram do sexo feminino. A média de idade foi 58,5 anos. A média do valor da HbA1c foi 9,16%. No quesito satisfação, observou-se que os participantes relataram algum grau de descontentamento na média de 25,83% das perguntas. Nas questões relacionadas ao impacto, a média de respostas com algum grau de insatisfação foi de 27,94%. No que se refere ao item preocupações relacionadas ao diabetes, a média foi 25%. Nenhum dos pacientes relatou algum grau de insatisfação no quesito preocupações sociais ou vocacionais. A pergunta com maior grau de insatisfação foi sobre a satisfação com o tempo que gasta com exercícios físicos, que teve 5 respostas negativas.

Conclusões ou hipóteses: Apesar de resultados iniciais, a realização de um questionário sobre a qualidade de vida do diabético parece representar uma atividade produtiva, aumentando o elo entre médico e paciente através do reconhecimento de vulnerabilidades e angústias relatadas por meio deste instrumento. Os itens satisfação e impacto relacionado à doença apresentam maior descontentamento quando comparados aos demais.

 


Palavras-chave


Diabetes; Qualidade de Vida; Atenção Primária à Saúde

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