Perfil epidemiológico das dislipidemias na Unidade de Saúde da Família Ouro Fino/Nova Conquista em Cuiabá – Mato Grosso

Daniela Cristina Falcão Alves Pinto, Germano Alves Pacheco, Luciana Graziela de Oliveira Boiça, Lair Thiago de Marchi, Maria Salete Ribeiro

Resumo


Introdução: As dislipidemias compreendem todas as alterações do perfil lipídico, principalmente colesterol e triglicerídeos, que aumentam a probabilidade de aparecimento de aterosclerose em diferentes artérias, cujas conseqüências são complicações isquêmicas¹. Interferem nos valores de lipídios: a idade, sexo, variabilidade biológica, gravidez, alimentação e técnica da coleta do material analisado. São divididas em causas primárias – genéticas – e secundárias, como hipotireoidismo, diabetes, síndrome nefrótica, corticóides anabólicos, diuréticos, obesidade, sedentarismo, estresse, imunossupressores e hábito alimentar. A idade, hipertensão arterial, tabagismo, diabetes e doença aterosclerótica definida presente são fatores que interferem nos objetivos do tratamento. A dieta pobre em gorduras, exercícios físicos, abstenção do consumo de bebidas alcoólicas e cessação do tabagismo e o uso de estatinas, quando indicado, são estratégias para o tratamento das dislipidemias.

Objetivos: Informar a população sobre as dislipidemias em relação à definição, diagnóstico, complicações e tratamento. Relacionar as dislipidemias com métodos de tratamento, patologias associadas e hábitos saudáveis na USF Ouro Fino/Nova Conquista. Traçar um perfil desta para gerar novas estratégias de abordagem com a comunidade. Metodologia: é um relato descritivo sobre as atividades realizadas de 15/08/2011 a 23/09/2011, que usou como métodos informativos palestras em sala de espera, sendo utilizado como instrumento um questionário de 8 perguntas – sobre idade, gênero, diagnóstico, patologias e hábitos associados a dislipidemias, e prática de atividade física – respondido por 162 indivíduos.

Resultados e Conclusões: Do total de resposta, apenas 106 realizaram alguma vez o lipidograma (n=106). A média de idade foi de 43 anos, com a moda na faixa de 20 a 29 anos; foi evidenciado aumento de dislipidemia conforme progressão da faixa etária (de 5% a 73%). Em relação ao gênero, foi evidenciada incidência maior de dislipidemia no sexo masculino (48%) do que no feminino (45%). Houve um aumento na incidência de dislipidemia na presença de hipertensão arterial sistêmica (31% para 62%), na presença de diabetes (45% para 54%), e na presença de tabagismo (44% para 60%). No tratamento utilizado pelos dislipidêmicos, a opção pela mudança do hábito alimentar (51%) prevaleceu sobre a atividade física (29%). O tratamento com estatinas foi necessário em 20% dos casos. Conclui-se que existe um aumento na incidência de dislipidemia na população da USF Ouro Fino/Nova Conquista quando há fatores patológicos associados e uma baixa adesão ao tratamento. Sendo assim, a ESF deve priorizar ações voltadas a essa população de risco, buscando o controle desses fatores e a ampliação da adesão ao tratamento.


Palavras-chave


Perfil epidemiológico; Dislipidemias; USF

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