Brasil 2013: análise da saúde brasileira através de indicadores nacionais e internacionais

Roberto Falvo, Andrea Silenzi, Alexandre Casco Pietsch, Márcia Regina Cubas

Resumo


Introdução: A constituição de 1988 foi responsável pela criação do Sistema Único de Saúde(SUS), um sistema beveridgiano baseado na saúde como direito do cidadão e dever do estado. O SUS tem como objetivo prover cuidado universal, de forma equitativa e integral em todos os níveis de atenção à saúde, através de uma gestão descentralizada e participação comunitária em todos os níveis administrativos.

Objetivos: O objetivo do estudo foi definir o panorama atual e tendências do sistema de saúde brasileiro, para assim identificar prioridades e implementar melhores práticas em áreas específicas do sistema.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Definiu-se o contexto atual da saúde brasileira através de análise de livros acadêmicos e monografias, seguido de uma revisão da literatura restrita aos últimos cinco anos, considerando apenas revisões e metanálises. Uma análise profunda dos indicadores de saúde, envolvendo demografia, estilo de vida, aspectos econômicos e organizacionais, foi realizada, obtendo-se dados e informações das maiores instituições nacionais (IBGE, CONASS, RIPSA, Ministério da Saúde), e internacionais (WHO, OECD, World Bank). Através deles, tendências históricas foram traçadas e os dados integrados para demonstrar como o sistema de saúde brasileiro está enfrentando os maiores problemas de saúde globais.

Resultados: A expectativa de vida aumentou para 73,1 anos e a taxa de fecundidade reduziu para 1,86 filhos por mulher. A mortalidade é afetada por doenças crônicas, com a cardiovascular contribuindo para 29.5% e o câncer para 15,6% das mortes. Já as violentas para 12,5% e doenças infectocontagiosas 4,9%. Obesidade vem aumentando, especialmente em menores de 10 anos (14%). O uso de tabaco foi reduzido (15%). A cobertura vacinal é de 95% e a mortalidade infantil foi reduzida para 13,9/1000 em 2011. Mulheres que fazem mamografia aumentaram para 73,3% no mesmo ano. O gasto total em saúde foi de 9% do PIB (privado 53% e público 47%). O gasto per capita em saúde é de US$ 990 e as despesas diretas de 57,8%.

Conclusão ou Hipóteses: Tendências mostram que apesar de haver uma constante melhora na qualidade e acesso à saúde, a desigualdade ainda é um problema nacional. Como um todo, o sistema de saúde brasileiro vem apresentando bons resultados, porém os setores público e privado devem ser considerados separadamente. Soluções para um funcionamento harmonioso entre os dois devem ser criadas e maiores investimentos realizados.


Palavras-chave


Epidemiologia Brasileira; Indicadores de Saúde; Sistema Único de Saúde

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