Motivação dos profissionais para ingresso e permanência na Estratégia Saúde da Família

Marcelo Diolindo de Sousa, Amanda de Almeida Rocha, Ana Paula de Souza Pereira, Luiz Fernando Severo Marques, Maria da Guia Oliveira

Resumo


Introdução: A Estratégia saúde da familia encontrar obstáculos, é preciso considerar a possibilidade de incentivos que favoreçam a adesão de profissionais nessas áreas, pois para o real cumprimento das propostas estabelecidas é preciso, evidentemente, que um maior número de profissionais venham a constituir as equipes de saúde da família, e que atuem efetivamente de acordo com o modelo da ESF.

Objetivos: Compreender a motivação dos profissionais em escolher a ESF como área de atuação, bem como evidenciar os fatores estimulantes e desestimulantes que estes profissionais encontram na prática, a fim de sugerir quais fatores seriam responsáveis pela permanência e vinculação destes à ESF.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Esse estudo faz parte da pesquisa maior “A valorização do trabalho e do trabalhador: autonomia e protagonismo nas equipes da Estratégia Saúde da Família de Sobradinho – Distrito Federal”. Utilizou-se abordagem qualitativa, com amostra por conveniência, composta por 15 profissionais lotados em uma das cinco equipes da Estratégia Saúde da Família, com atuação na Regional de Saúde de Sobradinho no Distrito Federal, implantadas em março de 2004. Os dados foram coletados no período de janeiro a abril de 2011, por meio de entrevistas, na busca das percepções e sentimentos desses servidores no que concerne ao desenvolvimento de suas atividades e reconhecimento do trabalho desenvolvido.

Resultados: No presente estudo, os fatores que motivaram o ingresso dos profissionais de saúde na ESF foram divididos em cinco subcategorias: Identificação com as propostas da ESF; Conquista de um emprego; Lotação compulsória; Incentivo financeiro e vantagens relacionadas ao processo de trabalho. A valorização do trabalho por parte do profissional foi fruto de suas vivências práticas, à medida que perceberam o poder terapêutico da escuta qualificada, de uma conversa acolhedora, das modificações produzidas a partir de simples orientação verbal, da capacidade de resolverem – com o emprego de tecnologias leves e leve-duras – as principais demandas da comunidade.

Conclusão ou Hipóteses: O que determina a satisfação do trabalhador, para a permanência na ESF, são os fatores estimulantes: a sensação de utilidade, a possibilidade de transformarem a vida do indivíduo, a valorização pela comunidade, o bom relacionamento entre a equipe. Porem existem os fatores que desestimulam os profissionais: a falta de valorização por parte dos gestores da Secretaria de Saúde.


Palavras-chave


Atenção Primária à Saúde; Programa Saúde da Família; Satisfação no Emprego

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