Desafios e arranjos do cuidado integral de usuário da saúde mental

Carina Almeida Barjud, Claudia de Oliveira Facuri, Renata Oliveira Silva Magalhães, Ana Carolina Barros, Ana Maria Rohwedder

Resumo


Introdução: A saúde mental em Campinas, que conta com uma das redes mais robustas quando comparada aos demais municípios do país, vive nos limites de tensão de construção de linhas de cuidado aos usuários. Esta construção depende, dentre outros, da qualificação e da mobilização de questões subjetivas dos sujeitos envolvidos no cuidado, assim como suas condições de trabalho e modelos de atenção.

Objetivos: Analisar a rede de atenção em saúde mental do município de Campinas à luz da integralidade.

Metodologia ou Descrição da Experiência: As linhas de cuidado de usuários que sejam representativas do diálogo e construção desta rede foram percorridas por meio de leitura de prontuários, relatos de profissionais envolvidos com a construção do projeto terapêutico singular, assim como familiares e usuários. Estes PTSs que envolveram articulação de três diferentes equipamentos da rede para além da saúde mental foram analisados e foram delineados seus fatores de potência e limitação na realização de cuidado integral.

Resultados: A utilização do tema da integralidade no cuidado do usuário da saúde mental a partir dos olhares para contrução de PTS pode apontar percepções distintas no que diz respeito a seis elementos: 1) aos locais de trabalho – modos coletivos de trabalho realizados em cada equipamento, por cada equipe; 2) especialidades médicas – com suas peculiaridades de abordagens mais ou menos ampliadas ou objetivas e técnicas; 3) existência de conhecimentos e manejos acerca da saúde mental; 4) co-responsabilização entre serviços e equipes; 5) fatores subjetivos dos profissionais; 6) condições de trabalho – um local onde as consultas são agendadas em com tempo insuficiente para um encontro legítimo.

Conclusão ou Hipóteses: Observa-se que quanto mais rico em tecnologias duras o cuidado envolvido, mais tênue é a vinculação, e, quanto maior a co- responsabilização entre os serviços, maior a facilidade de acesso dos usuários e acolhimento por profissionais com menor experiência. A percepção de fatores subjetivos traz a perspectiva da necessidade de cuidados com os profissionais que lidam com este tipo de demanda.

 



Palavras-chave


Saúde Mental; Integralidade; Rede.

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