A influência do gênero no desempenho escolar em crianças de escola pública

Mauro Henrique Nascimento Ramalho Filho, Pedro Gomes Pinto Holanda, Pedro Duarte Barreto Castillo, Raíssa Débora Mendonça, Paulo Alberto Cosquillo Valdivia

Resumo


Introdução: Nas ultimas décadas, dados nacionais mostraram uma clara diferença no rendimento escolar entre os gêneros, mostrando comumente a sobreposição das meninas em relação aos meninos na trajetória do Ensino Fundamental e Médio, mesmo após a implantação de programas educacionais pelo Governo vigente. Por essa razão, fomos motivados a pesquisar a veracidade desse fato e as possíveis causas dessa variação.

Objetivos: Devido a nossa indagação original, buscamos avaliar o rendimento escolar de jovens do sexo feminino e masculino e compará-las entre si, além de verificarmos a veracidade de nossos achados quando relacionados com a literatura sobre o assunto.

Metodologia ou Descrição da Experiência: O presente estudo se apresenta na forma observacional analítica do tipo transversal. Inicialmente, contava com uma amostra de 86 crianças, posteriormente reduzida para 57 jovens, onde todos deveriam estar matriculados no turno da manhã em uma escola pública da cidade de Fortaleza pré-determinada e deveriam pertencer à faixa etária entre seis e doze anos de idade. Foram calculadas as médias bimestrais dessas crianças e esses valores comparados com o sexo das mesmas. A fim de minimizarmos vieses, foram considerados valores satisfatórios aqueles com média acima de 7,5 (sete e meio). Para as devidas análises estatísticas fez-se uso do programa SPSS, onde foi utilizado o test T student.

Resultados: A partir de nossa amostra, encontramos que haviam 29 meninas e 28 meninos, onde 26 das 29 meninas (89,6%) apresentavam médias satisfatórias, com uma média geral de 7.95, enquanto 20 dos 28 meninos (71,4%) atingiram a faixa de satisfação, com uma média de 7.41 (p = 0,016). Esses achados corroboraram com a literatura, que afirma que crianças do sexo feminino na faixa etária aqui relatada apresentam um QI maior que as do sexo masculino, além de apresentarem idade mental e idade cronológica mais avançada. Acredita-se que a marginalização mais comum do sexo masculino também possa estar envolvida na discrepância do rendimento acadêmico dos jovens.
Conclusão ou Hipóteses: Neste estudo, observamos que jovens do sexo feminino obtiveram melhores médias de notas escolares do que jovens do sexo masculino, corroborando com dados da literatura. Propomos que novos estudos prospectivos devem ser realizados para consolidar com os resultados encontrados.


Palavras-chave


Gênero; Rendimento; Escolar

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