Avaliação da formação de agentes comunitários de saúde (ACS) na UBS Conceição

Renata Carneiro Vieira, Denise Ornelas Pereira Salvador de Oliveira, Magali Fernandes de Oliveira, Marta Pereira Santos Ozório, Elisete Barreto Ferreira Nery

Resumo


Introdução: Diante das demandas impostas pelas transformações do trabalho, o ACS tem o desafio de reinventar continuamente seu papel. Estratégias de educação capazes de dialogar com sua realidade são primordiais para a consolidação da Estratégia de Saúde da Família como alternativa para o cuidado da população, tornando-se relevante estudar os impactos da formação deste profissional no contexto do trabalho.

Objetivos: Relatar os processos de avaliação do Curso de Formação de ACS em uma Unidade Básica de Saúde de Diadema, SP, focando na avaliação da metodologia de ensino e do impacto da formação no processo de trabalho deste profissional.

Metodologia ou Descrição da Experiência: A Etapa I do Curso de Formação do Técnico ACS, de acordo com Portaria Ministerial 2662/2008, tem carga horária de 400 horas, divididas entre teoria e prática. Para organizar seu curso, a UBS Conceição criou um colegiado docente composto por profissionais de nível superior que realizou o planejamento e atuou como facilitador no percurso das aulas. Para avaliação foram realizadas reuniões do colegiado a cada módulo, avaliações pelos ACS nas aulas, grupo de discussão no fim do curso e pesquisa através de questionário com os egressos. O foco da avaliação foi a adequação do conteúdo à realidade, o aproveitamento dos alunos e seu impacto no processo de trabalho.

Resultados: As avaliações demonstram valorização de metodologias que privilegiam a participação ativa, de atividades práticas e de temas que tenham significação na vivência diária. Na maior parte das aulas a metodologia foi avaliada positivamente e o conteúdo do curso foi considerado como tendo relação estreita com o trabalho que devem exercer. As ACS consideraram que o aprendizado melhorou seu relacionamento com usuários e sua confiança para exercer o trabalho, porém ainda se sentem inseguras para realizar orientações e grupos educativos. O conteúdo do curso foi apontado como gerador de novos conhecimentos, porém as ACS afirmam que não deram continuidade a proposta de manter seu estudo além das aulas.

Conclusão ou Hipóteses: Houve aquisição satisfatória de conhecimento e melhoria do trabalho das ACS, mas ainda são necessárias outras ferramentas para que se sintam mais seguras com atividades ligadas diretamente à educação em saúde. Torna-se importante realizar os próximos módulos do curso técnico, dando ênfase a atividades práticas, estimulando a autonomia destes profissionais e a melhoria do trabalho em equipe.


Palavras-chave


Curso Técnico; Agentes Comunitários de Saúde; Avaliação

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