Mal estar na Saúde Pública

Ieda Maria Leonel

Resumo


Introdução: No ano de 2011, o acolhimento solidário foi substituído pelo atual protocolo de Manchester, o qual foi implantado em todas as unidade de saúde da capital paranaense e outros locais do Brasil, para tentar melhorar a receptividade das pessoas no serviço de saúde.

Objetivos: Revisar os aspectos histórico-filosóficos e psicanalíticos que possibilitem o entendimento de porque o acolhimento solidário não deu certo e porque o protocolo de Manchester é insuficiente para mudar a visão funesta da saúde pública de hoje.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Revisão da obra de Foucalt (1986), recitando questõe em relação à clínica e sua modificação desde o início do século XIX, da obra de Freud (1927) sobre as conseqüências da civilização no psiquismo humano, e sobre a verdade negligenciada do sujeito caracterizada por Lacan (1966).

Resultados: O protocolo de Manchester não estabelece vínculo entre o modo como a doença se manifesta e sua origem no organismo. A definição da doença se constrói, então, a partir daquilo que o olhar superficial do profissional pode dela ver, ou seja, a partir de alguns sintomas. A saúde pública precisa pensar sujeito, o qual segundo Lacan, que qualificamos (significativamente) de paciente, que “não é o sujeito estritamente implicado por sua demanda, mas antes o produto que pretenderíamos determinado por ela.”

Conclusão ou Hipóteses: É esse método clínico de atendimento rápido e ineficiente que propaga o mal estar na saúde pública. Ele é o responsável pelo aumento progressivo de uma ansiedade generalizada decorrente da percepção inconsciente de uma sociedade cada vez mais carente de cuidados.


Palavras-chave


Saúde Pública; Protocolo; Sujeito

Texto completo:

PDF/A

Apontamentos

  • Não há apontamentos.