Lobuloplastia por cisto sebáceo de grande volume – relato de experiência

Denis Conci Braga, Silvia Monica Bortolini, Gabriele Barazetti, Jéssica Viel, Samanta Sgarbi Vebber

Resumo


Introdução: O cisto sebáceo ou epidérmico resulta da proliferação de células da epiderme dentro da derme. Consiste em finas camadas de células epidérmicas preenchidas por restos celulares. Geralmente é assintomático, tem crescimento lento e tamanhos variados. As áreas mais afetadas são couro cabeludo, pescoço e face. O tratamento do cisto não infectado é a exérese cirúrgica, com a retirada da cápsula.

Objetivos: Demonstrar por meio de imagens e através da descrição da técnica operatória, uma lobuloplastia realizada devido à retirada de um cisto sebáceo de grande volume. Ainda, relatar o caráter ambulatorial do procedimento, que pode ser executado na Atenção Primária, pelo médico de família e comunidade.

Metodologia ou descrição da experiência: Trata-se de um relato de caso. Paciente do sexo masculino, branco, 43 anos, natural e residente de Água Doce, Santa Catarina, apresentava, acerca de 3 anos, junto ao lóbulo da orelha esquerda, abaulamento cujas dimensões eram de 2,5 cm x 2,0 cm. O tamanho da lesão causava uma deformidade que se prolongava da extremidade distal lóbulo da orelha até sua inserção na pele, ao nível do ramo da mandíbula. O paciente procurou a Estratégia Saúde da Família (ESF) Irmã Thereza Uber, onde durante consulta médica, interrogou a possibilidade de remoção cirúrgica, pois trabalhava em um frigorífico e necessitava usar protetor auricular, o que lhe causava desconforto por compressão da lesão.

Resultados: O paciente foi informado, por meio do termo de consentimento, tratar-se de um cisto sebáceo, uma lesão de natureza benigna e sobre os riscos inerentes a qualquer cirurgia ambulatorial. O procedimento iniciou-se pela antissepsia, seguida da infiltração subcutânea de lidocaína 1% sem vasoconstrictor para anestesia local. Após, com o uso de bisturi, a pele foi incisada, divulsionado o tecido ao redor do cisto, seguido pela sua retirada, sem o rompimento da cápsula. O lóbulo da orelha foi suturado e pontos de fixação na topografia do ângulo da mandíbula foram feitos devido ao efeito estético. Não houve intercorrências durante o procedimento. A análise histopatológica confirmou ser um cisto sebáceo.

Conclusões ou hipóteses: Dentre as competências do médico de família e comunidade estão os pequenos procedimentos ambulatoriais. A importância de transmitir o conhecimento necessário para que estes possam ser realizados é fundamental. A técnica demonstrada no presente caso pode ser executada em outros serviços de saúde, a fim de aumentar a sua resolutividade, respeitadas condições como uma infra-estrutura adequada.

 


Palavras-chave


Cisto Sebáceo; Procedimentos Cirúrgicos Ambulatoriais; Procedimentos Cirúrgicos Reconstrutivos

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