Pequena horta: medidas preventivas a partir de mudanças de hábitos alimentares

Anana Azevedo Chaves, Jorge Martinez, Fábio Albres, Raquel Alvarenga, Tiago Sales

Resumo


Introdução: Neste trabalho apresentamos resultados do projeto Pequena Horta realizado em uma Unidade Básica de Saúde da Família, São Benedito, na cidade de Campo Grande-MS, o qual buscou aproximar a comunidade à Unidade Básica de Saúde a fim de intervir nas mudanças de hábitos alimentares de pacientes com risco de desenvolver ou diagnosticados com hipertensão arterial sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitos (DM).

Objetivos: Incentivar o uso de medidas preventivas de doenças crônicas e suas complicações, a partir de mudanças de hábitos alimentares; estabelecer um ambiente diferenciado na UBSF para melhorar a relação da equipe de saúde com a comunidade e, consequentemente, a adesão dos pacientes aos devidos tratamentos.

Metodologia ou descrição da experiência: Realizado em três meses com moradores da comunidade com fatores de risco e diagnosticados com HAS e DM num total de 54 participantes. Principais ações: pesquisas de manejo de hortaliças, estudos sobre plantas medicinais e suas implicações na melhoria de fatores de risco para HAS e DM; conversas sobre técnicas de plantio em pequenos ambientes, benefícios das plantas e substituição do sal nas refeições; oficina de utilização de materiais recicláveis; técnicas de decorações e plantio de mudas pelos participantes. Durante 2 meses foram feitas visitas domiciliares por acadêmicos e agentes de saúde com a intenção de observar o desenvolvimento das mudas e acompanhar possíveis mudanças de hábitos.

Resultados: O projeto alcançou ótimos resultados, pois houve uma grande participação da comunidade, a qual contribuiu de forma ativa, colaborando com experiências próprias, sobretudo com informações sobre técnicas de plantio e uso de ervas medicinais. Durante as visitas domiciliares percebemos que o projeto foi apropriado pelos participantes, cujas ações propostas foram postas em prática, além de vivenciarmos um uso consciente das hortaliças produzidas e de notarmos a produção independente de novas plantas. Outro ponto positivo foi o aumento da procura desses participantes à UBSF em busca de tratamentos e de novos projetos.

Conclusões ou hipóteses: O projeto ganha importância a partir do momento em que leva a comunidade para dentro da Unidade Básica de Saúde para fazer parte de uma atividade diferenciada e com alto grau de acolhimento. Os resultados apresentados reforçaram a ideia de que iniciativas com ações multidisciplinares melhoram a relação do paciente com a equipe de saúde, a adesão as propostas de tratamentos e serviços oferecidos.

 


Palavras-chave


Hipertensão Arterial Sistêmica; Mudanças de Hábitos Alimentares; Adoção de Medidas Preventivas

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