Uso de antidepressivos em diabéticos no município de Água Doce, Santa Catarina

Denis Conci Braga, Silvia Monica Bortolini, Heloise Corso, Emeline Cadore, Valmor da Silva Junior

Resumo


Introdução: O diagnostico de depressão é duas vezes mais prevalente em pacientes com diabetes comparado a população em geral. É associado a complicações como pior controle glicêmico e maior taxa de mortalidade. A depressão no diabético compromete vários domínios da qualidade de vida, que incluem saúde física, psicológica, relacionamento social, domínio ambiental.

Objetivos: Verificar, dentre os moradores de um município do meio oeste catarinense, aqueles que têm o diagnóstico de diabetes mellitus e fazem uso de antidepressivos. Correlacionar o uso de antidepressivos com variáveis como sexo e idade. Fazer uma revisão literária acerca do tema.

Metodologia ou descrição da experiência: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico, de base populacional, realizado na cidade de Água Doce, situado no meio-oeste de Santa Catarina. O município conta com duas Estratégias Saúde da Família e abrange 100% do território, com uma população de 6957 habitantes. O período compreendido para amostragem foi de maio a outubro de 2013. Foram analisadas as prescrições de psicotrópicos retidas na farmácia da unidade de saúde. Após, com a relação dos pacientes diabéticos moradores do município foi verificado quais utilizavam tais medicações. Os dados foram anotados em formulário próprio para registro e digitados posteriormente no programa Epi Info, versão 7.0.9.7.

Resultados: Quanto a proporção de Diabetes Mellitus em Água Doce foi verificado que apenas 3% da população (n= 232) tem o diagnóstico da doença, e destes 16% (n= 36) fazem uso de alguma medicação antidepressiva. A prevalência de depressão em pacientes diabéticos por faixa etária foi de 42% (n= 15) para aqueles entre 45-60 anos, 33% (n= 12) entre 60-75 anos e naqueles com mais de 75 anos, 25% (n= 9). Quanto ao sexo, foi observada que a doença é mais presente em mulheres em todas as faixas etárias analisadas no estudo. O antidepressivo mais utilizado é a Fluoxetina, 31% (n= 11), seguida pelo Clonazepam, 25% (n= 9), Sertralina, 22% (n= 8), Amitriptilina 14% (n= 5) e Diazepam 8% (n= 3).

Conclusões ou hipóteses: O Diabetes Mellitus é uma doença crônica grave, com diversas complicações sistêmicas e elevada associação com a depressão. A maior prevalência em mulheres e naqueles com mais de 60 anos indica que ações direcionadas a estes grupos devem ser realizadas com o intuito de prevenir a ocorrência de agravos e melhorar a qualidade de vida destes pacientes.

 


Palavras-chave


Diabetes Mellitus; Depressão; Atenção Primária à Saúde

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